segunda-feira, 27 de abril de 2009

exibicionismo estimulado

Com o advento de novas tecnologias o comportamento das pessoas que a usufruem tende a se modificar, um caso bem específico é a utilização da internet.

Inicialmente todos os especialistas bradavam que seria uma tecnologia revolucionária para adquirir novos conhecimentos, o que de fato aconteceu, entretanto, a internet é muito mais que um meio de difusão de conhecimento, informação e aproximação entre as pessoas. A internet molda comportamentos de seus usuários e até mesmo quem não tem acesso a essa tecnologia, pois vive numa sociedade, que hoje pauta-se muito numa vida virtual.

As pessoas de antigamente eram mais reservadas, basta lembrar de nossos avós cuja maioria achava um absurdo falar de sua vida para estranhos, a discrição fazia parte da educação de berço. Hoje o que vemos, principalmente na mídia, são pessoas querendo se aparecer, até mesmo de graça, sem estar envolvendo quantias sedutoras de dinheiro.

Na década de 1980 e início da década de 1990 as mulheres que estampavam as capas de revistas de nudismo, como a Playboy, tinham em seu discurso que faziam aquilo única e exclusivamente pelo dinheiro. Atualmente esse pensamento não é o mais popular entre a mulherada ousada que tira a roupa por muitos milhares de reais, hoje elas admitem que fazem por vaidade, apenas para inflar o próprio ego. Não é raro conhecer meninas que sonham em ser capa de revistas de nudismo por esses motivos, apenas para se exibir e se sentir mais desejada e poderosa.

Todavia, existem poucas revistas consideradas “aptas” para receber o nudismo dessa demanda feminina, desta forma, muitas pessoas, pois hoje em dia os homens também entraram nessa cultura de exibicionismo, fazem shows performáticos na internet ou então transformam seus perfis de redes sociais, como Orkut e Facebook, como divulgação de sua sensualidade, o que torna esses perfis muitas vezes exemplos de mau gosto e indecência.

Liliana Graciela Chatelain, psicóloga portenha, é vice-presidente e co-fundadora do Centro Interdisciplinar de Estudos Grupais Enrique Pichon Rivière (CIEG), organização não governamental fundada em 1995. CIEG dedica-se à compreensão das relações entre o ser humano e o meio social e as relações dessa adaptação com a saúde mental das pessoas. Liliana diz a respeito sobre o assunto de exibicionismo que: “A perversão pode estar ligada a uma necessidade de transgressão e desafio, para provocar escândalo, para produzir no outro algo que lhe produziram, um tipo de reação que lhe faça sentir gozo. Essa é uma explicação psicanalítica, mas a gente pode ver também o que acontece socialmente, quais os incentivos que temos permanentemente no dia-a-dia, quais os estímulos que a tecnologia oferece a esses atos de exibicionismo.”.

A internet, a televisão e as revistas são grandes palanques para esse tipo de transgressão, a sociedade está rodeada de exemplos disseminados por esses meios. Como a aprendizagem é a associação entre estímulo e resposta, é bem possível que esse condicionamento, que é resultado das experiências vistas e vividas, atrele-se ao comportamento geral da sociedade.


quinta-feira, 23 de abril de 2009

Gilmar Mendes x Joaquim Barbosa

Ontem foi dia de ringue no Supremo Tribunal Federal, os envolvidos foram Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. Os ministros bateram boca no plenário durante uma sessão e certamente isso terá consequências. Gilmar Mendes além de ser o presidente do STF, é também o queridinho da mídia. Já Joaquim Barbosa já teve seu momento de estrela ao julgar o mensalão, isso há alguns anos.
A discussão ontem foi feia, uma mistura de polidez com selvagerismo. Eu achei positiva, não gosto do Gilmar, tampouco do seu trabalho no STF. Ele é fascinado pela exposição midiática e faz do Supremo um circo, no qual ele é quem grita Respeitável Público.
Vejam um trecho da discussão e façam as próprias conclusões:

domingo, 19 de abril de 2009

uma experiência chamada Paraisópolis

Estou agora em Paraisópolis, é minha quinta à favela. Estou numa viela, com o Carlos, meu amigo de faculdade, o Tiago e o Dú, meus novos amigos da comunidade. Estamos sentados no que seria a calçada, bebendo cerveja e comendo amendoim, ao nosso lado, na rua mesmo, está um dj com imensas e potentes caixas de som ensaiando com um rapper local. Um grupo de moradores vizinhos estão todos nas portas de suas casas, conversando, cantando e dançando ao som da batida do dj e dos versos do rapper. Um senhor de muleta está dançando freneticamente com uma perna só, é de longe a pessoa mais empolgada e feliz entre as dezenas ao redor. A cena é linda, chego a estar emocionado. Vim para cá produzir um radiodocumentário sobre habitação e me vejo numa realidade muito distante da minha.
Por um lado existe a pobreza, por outro, muito mais visível, a cooperação entre as pessoas. Encontrei aqui a esperança da humanidade em saber conviver com o próximo, vi aqui o exercício prático da tolerância e respeito ao próximo.
Estou vivendo uma grande experiência de vida. Sem demagogia, sou outro Leandro.

18/04/2009 16h28

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Arte nos Tempos

Olá!

Tenho mais uma novidade profissional. Desde semana passada estou fazendo outro programa de rádio. Além do Esporte Sensação no Ar, passo a fazer parte do Arte nos Tempos, ambos da rádio Trianon em São Paulo.
Este novo programa existe desde janeiro na rádio, trata de artes e política, tem como objetivo formar uma cultura geral do cidadão. É um programa muito gostoso de ser feito, pois temos a possibilidade de falar sobre quase tudo. Semana passada o programa foi especial sobre o Terceiro Setor, no próximo sábado será um programa especial sobre os Direitos dos Animais.

Convido todos os leitores de São Paulo e Baixada Santista a nos ouvirem. Divido a apresentação do programa com a Renata Simões.
Todos os sábados às 11h30 na rádio Trianon em SP 740am ou rádio Universal de Santos 810am.