sexta-feira, 3 de setembro de 2010

meu texto no editorial de um jornal

 Mês passado eu tive a honrosa surpresa de receber um e-mail do editor-chefe da Gazeta do Paraná, um jornal que circula em mais de 280 cidades paranaenses, em que me notificou que usaria meu texto no editorial do jornal.
Eu fiquei bastante feliz, pois afinal de contas ele encontrou meu texto em meu blog, sim este aqui mulambento que deixo de postar por períodos longos. O texto eu escrevi durante as eleições municipais de 2006 em que eu critiquei o horário eleitoral e a artificialidade dos debates políticos.
Abaixo vocês podem conferir o editorial do jornal e em itálico meu texto que foi usado na íntegra (ou se preferir, no final do post tem o texto como foi publicado no jornal, porém eu só consegui a imagem após a publicação deste post)



Os debates

O blogueiro paulista Leandro Vitor, estudante de comunicação e que segundo consta no seu site trabalho com marketing em uma grande instituição financeira, ainda na campanha eleitoral de 2008 produziu um pequeno texto de grande valor. Jovem, Vitor não tem a experiência das “velhas raposas” da política, nem ainda é um “doutor” em comunicação e marketing. Porém, no texto que segue dá aulas de como o (e)leitor precisa ter uma consciência crítica e não “engolir” tudo o que lhe oferecem sem digerir antes.
E apesar do texto estar se referindo a campanha de 2008, parece ser um resgate de 2006, 2004 ou 2002, ou ainda, ter sido escrito para 2010 ou já projetar 2012. E, de fato, a não ser por alguns efeitos gráficos, nova posição para as luzes e arranjos diferenciado nos jingles, os programas eleitorais, nos dois primeiros dias de exibição, não trazem absolutamente nada de novo, como já analisado aqui ontem. Atente para o diz o estudante.
“Não sei se isso acontece apenas comigo, mas em todos os debates políticos televisivos eu rio deliberadamente. O cinismo em alguns casos é extremo. Se pergunta algo e responde o que bem entender, se acusa de algo e o político se faz de vítima. Os candidatos decoram números que seus assessores reuniram e soltam como se realmente tivessem conhecimento do que dizem, como se pudesse resumir política em números, muitas vezes, duvidosos.
Os eleitores devem priorizar esses debates na hora de escolher seu candidato e não as chamadas do horário político. Esse segundo é tudo feito por marqueiteiros especializados que criam jingles grudentos, mostram cenas de comoção e fazem todo um marketing em torno do candidato, fazem o eleitor acreditar que ele é demais e na verdade, nesses comerciais e programas partidários, ele é apenas um boneco, um modelo, que faz o que pedem.
Nos debates eles são altamente instruídos, decoram frases de impacto, mas na hora do ‘vamos ver’, em alguns momentos a máscara cai e o candidato está ali nu, ele mesmo com suas idéias e, principalmente, argumentos. É exatamente nessas horas que eu rio, quando o candidato se mostra quem é.” E tinha (ou tem) ou não razão?


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Eu gostei bastante da introdução do jornalista e, como disse, fiquei honrado com a visibilidade. Porém, fiquei chateado por dois motivos com o jornal Gazeta do Paraná. Primeiro, eu NOTIFICADO que meu texto seria usado, em momento algum foi pedido. Tanto que recebi o e-mail em um dia à noite e no dia seguinte ele foi publicado. Meus textos aqui do blog eu permito usarem, desde que me dêem os créditos, como foi feito, mas é sempre mais educado pedirem.
Outra chateação minha foi o descaso. Eu pedi como retribuição apenas um print screen da página para eu guardar como recordação e postar aqui no meu blog. Foi publicado no dia 19/08 o meu texto e até hoje esperei por um retorno deles. Não fui atendido, achei uma atitude grosseira e antiética do jornal. Eu não confiaria à Gazeta do Paraná como minha fonte de informação, pois com predicados como estes, não deve ser lá um jornal de credibilidade. 




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Após o post acima eu recebi um comentário do Jornal do Paraná, um tweet no Twitter e um e-mail com o arquivo que reivindiquei no texto. Não irei mudar o que escrevi, porém vou completá-lo com o arquivo que vocês poderão ler na íntegra agora. ( clique na imagem e com a lupa dê um zoom, isso no próprio navegador, ou então entre neste link do meu Tumblr )

 

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O péssimo hábito de beber água engarrafada

Existe uma coisa que eu não consigo entender: o consumo voraz pelas garrafas de água mineral (quando não água torneiral disfarçada de mineral). Virou moda, agora a tendência é comprar água engarrafada, mesmo que seja para beber um gole. Eu vejo a água vinda da indústria como uma alternativa quando você está na rua e com sede, porém não vejo utilidade beber quando está em seu lar ou qualquer outro lugar onde haja à disposição água potável.



Nunca imaginei que aquele líquido insípido, inodoro e incolor, ou seja, a coisa mais sem graça do mundo, pudesse virar marca ou grife. Muitas delas cobram um valor que é de desacreditar. Por exemplo aqui no Brasil, a água San Pellegrino, vinda diretamente de alguma fonte italiana, do outro lado do Atlântico, com 750ml custa em média R$10,00. Qual é o sentindo de pagar esse valor por 750 mililitros de água? Pior, qual é o sentindo de um brasileiro, que tem o privilégio de morar em um país com a maior reserva de água doce do mundo, comprar uma água italiana engarrafada? Sério, não faz sentindo algum.


Hoje em dia é chique ter em sua geladeira garrafas de Perrier, Panna ou San Pellegrino (citando apenas os exemplos gringos, daqui a pouco chego aos nacionais) dividindo espaço com alimentos. E onde estão as garrafas de água gelada? Os paulistanos têm o privilégio de ter um dos melhores sistemas de tratamento de água do planeta e mesmo assim recorrem às águas de fontes européias. Seria por status? Não combina um jantar glamoroso com um lindo copo de água de um filtro ou é realmente necessário uma água Panna? Água não tem etiqueta! Água, no máximo, tem frescura.


Exemplo desse é a água da Danone chamada Bonafont. Ela se apresenta como se fosse melhor com as demais, praticamente como um componente medicinal. Bebendo-a é possível até mesmo se livrar do inchamento e retenção de líquidos. Felizmente tenho a dizer que qualquer água tem esse poder milagroso de auxiliar no combate da retenção de líquidos. E digo mais, qualquer água potável tem o poder de matar a sede e hidratar! Seja ela do filtro da sua casa ou de um riacho que corta a montanha Fuji.


Existe um objeto chamado squeeze, que todo mundo ganha e nunca é nosso objeto de desejo, serve justamente para armazenar água. Invés de você comprar garrafas e mais garrafas de água, encha sua squeeze com uma água do seu filtro que você confia e seja feliz. O meio ambiente e seu bolso vão agradecer imensamente! E de uma vez por todas, não é chique beber água de garrafa, independente da grife ou do valor que você pagou, chega até a ser feio.


Eu não falei nada sobre agressão ao meio ambiente que essa prática exerce, convido vocês a assistirem o documentário “A história da água engarrafada” (The Story of Bottled Water). Ele é curto, interessante e não é eco chato e nem doutrinador, permite que o expectador tire suas próprias conclusões.


The Story of Bottled Water (Português) from Guilherme Machado on Vimeo.

domingo, 27 de junho de 2010

Palavras encantadas

Rachel de Queiroz, uma das cearenses mais ilustres de todos os tempos, marcou seu nome na história da literatura e do jornalismo brasileiro. Vanguardista de nascença, Rachel foi um dos primeiros nomes femininos prestigiados da nossa literatura. Desde muito cedo ela criou contato íntimo com os livros, provando mais uma vez que eles são essenciais para o desenvolvimento de uma sociedade saudável.

Rachel começou de forma prematura sua vida de escritora e, por nossa sorte, não parou tão cedo, até 2003, ano da sua morte, ela serenamente escrevia. Dizia, certa vez, ao completar incríveis 90 anos, que não escrevia por prazer, mas sim porque precisava se sustentar. Até hoje não sabemos se foi uma piada desconcertante ou uma pretensiosa esnobação, já que ela nasceu com o dom de encantar e comover as pessoas por meio de seus textos. Queiroz serve de exemplo para essa moçada que sonha em seguir a vida como escritor, seu primeiro livro foi escrito quando ela tinha apenas 20 anos. O Quinze, título que ela deu ao livro escrito em 1930, foi baseado em percepções próprias. Ela e sua família viveram a seca do ano 15 daquele século e com essa experiência ela escreveu sua principal obra. 

O livro foi o trampolim de Rachel de Queiroz para a imortalidade, inicialmente teve mil exemplares de tiragem no Ceará, mas a crítica foi tão positiva que logo ele foi enviado para o Rio de Janeiro e São Paulo. O Quinze e sua autora ganharam o mundo, foi traduzido para o francês, inglês, alemão e japonês.

Rachel também foi um grande expoente da nossa imprensa. Além de escrever para importantes jornais, como o Correio da Manhã e o Diário da Tarde, ela por muitos anos foi cronista da revista O Cruzeiro, que marcou a história do jornalismo brasileiro. 

Na década de 50 ela começou a escrever para o teatro, de sua autoria foram encenadas peças que falavam de temas bem brasileiros. Não só suas peças, mas seus livros, crônicas e contos representavam o povo e o imaginário nacional com grande perfeição. Não por acaso algumas das suas obras foram adaptadas para o cinema e televisão, todas com grande sucesso.

Rachel de Queiroz conseguiu agradar todos os públicos, desde os mais humildes com sua narrativa de identificação, até os mais eruditos, com a qualidade irrepreensível dos seus textos. Até mesmo as crianças foram conquistadas pela Rachel que escreveu alguns livros para os pequeninos e todos com enorme aceitação.

Não só os adultos e as crianças foram conquistados pela Rachel, mas os imortais também! Em 1977 Rachel de Queiroz foi eleita uma imortal pela Academia Brasileira de Letras e passou a zelar pela literatura brasileira e pelo nosso português. Ocupando a cadeira número 5, que antes foi fundada por Raimundo Correia, e tornou-se a primeira mulher a entrar na ABL.
Foram inúmeras as contribuições de Rachel para a cultura brasileira, além de escrever para todas as camadas e idades, ela fez um importante trabalho de traduzir importantes obras para o nosso idioma, entre elas livros de Dostoiévski e Balzac.
Sabia também fascinar em conjunto, escreveu na companhia de outros monstros da literatura, como Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Jorge Amado e a sua irmã, Maria Luiza de Queiroz Salek, com quem escreveu sua própria autobiografia chamada Tantos Anos.

Certamente uma das suas grandes honras e servindo como ato comprobatório de sua importância, Rachel de Queiroz recebeu, entre tantos outros, um dos principais prêmios da literatura portuguesa, o Prêmio Camões e também o prêmio brasileiro Juca Pato, entregue pela União Brasileira de Escritores.
Sem dúvida Rachel de Queiroz foi uma das maiores escritoras que brotaram no Brasil. Leitora e escritora prematura, escreveu para adultos e crianças, colaborou com o jornalismo, traduziu obras de suma importância, continuou na ativa até os últimos anos da sua longa vida e se estivesse viva em 2010, ela completaria 100 anos de sabedoria. Rachel de Queiroz, um orgulho nacional, que hoje é nome de prêmio de programa de tevê, emocionou gerações com suas palavras encantadas.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

um motivo para não votar na Dilma


Eu sou petista, mas não um petista cego que vota na legenda sem ao menos considerar os demais candidatos. Petistas como eu são cada vez mais comuns, isto por conta do escândalo do Mensalão que fez muitos deixarem de assumir publicamente sua posição política. Eu mesmo não sou louco de dizer por aí que voto no PT, pois sei que serei repreendido por muitos e como nos últimos anos o PT não está mais na moda... Quero deixar bem claro que não tenho vergonha de votar no Partido dos Trabalhadores, apenas aprendi nesses anos que não adianto discutir com alguém que odeia o PT, porque independente do que eu disser, o ódio pelo partido não mudará. Não costumo desperdiçar saliva à toa.
Meu candidato natural para a sucessão presidencial ao Palácio do Planalto seria a Dilma Rousselff. Confesso que tenho grande simpatia por ela desde o início do governo Lula em que ela assumiu a pasta de Minas e Energia e fez um trabalho muito bom. Ela conquistou seu espaço no governo e tornou-se uma das principais cabeças nesses últimos 7 anos. Quando o nome dela começou a pipocar entre os principais presidenciáveis, eu fiquei bem feliz, pois acreditava nela. Aliás, nunca deixei de acreditar na competência dela.
Como atualmente existem três opções de voto, mas na verdade a terceira opção, que é a senadora Marina Silva, é praticamente objeto decorativo, já que na atual conjuntura do país, estamos divididos numa polaridade de partidos, como nos EUA que há republicanos e democratas, aqui temos o PT e o PSDB. Com minha maturidade política entendi que não se governa sozinho, tudo é feito por meio de alianças, ainda mais aqui no Brasil que adota o sistema de pluripartidarismo. E essas alianças são costuradas de maneira muitas vezes equivocadas, o eleitor precisa também ficar atento a essas alianças, porque não coloca no poder apenas o candidato eleito, mas toda sua trupe.
Quem pensa em votar na Dilma Rousselff já sabe quem será o possível vice dela? Eu respondo! Será um dos cabeças do PMDB, o deputado federal Michel Temer. Um grande verme da política nacional, onde você poderá encontrar um detalhamento maior sobre sua história no ótimo e essencial livro do Palmério Dória Honoráveis Bandidos , que por sua vez é leitura obrigatória para todo eleitor brasileiro.
Quando soube que o canalha do Temer seria o vice da Dilma eu repensei em meu voto, porém raciocinei “poxa é a Dilma, ela é ótima, ela vai compensar!” e continuei com meu voto secreto na Dilma e no PT.
Agora uma nova bomba. O PT que tem aliança política com o PMDB, de onde provém o Michel Temer, levou adiante essa aliança aos níveis estaduais.  Porém, não levou em consideração que as alianças nacionais nem sempre fazem sentido aos níveis locais. Um grande exemplo é o que está acontecendo no Maranhão.
O PT local e suas lideranças decidiram apoiar o candidato Flávio Dino do partido aliado PC do B ao governo estadual, porém como existe a aliança com o PMDB, o Diretório Nacional vai apoiar a candidata do PMDB, ninguém que Roseana SARNEY. Uma mulher sem caráter, filha de um dos políticos mais cara de pau do Brasil. É revoltante, porque não é apenas um apoio a uma pessoa que merece o desprezo, é passar por cima da história do partido e sujar todas suas conquistas. Novamente eu recomendo, leiam Honoráveis Bandidos.  Não faz o menor sentindo e fico aqui pensando que o PT perdeu sua identidade, não me vejo mais naquela sigla, não me vejo apoiando um maldito e deixando um companheiro de lado.
Não posso votar em um candidato desse partido depois que ele mostra fazer tudo pelo poder, até mesmo passar por cima da sua história. Fazer alianças, como eu disse, é necessário, mas se vender, isso eu não admito. Quem tem a mesma opinião que eu é o deputado maranhense Domingos Dutra, que protestou publicamente essa loucura do PT e iniciou uma greve de fome para chamar a atenção do Brasil e que o PT volte atrás.
Eu assisti o vídeo abaixo onde Domingos faz clamou para que o Diretório Nacional do PT reveja sua posição, é um depoimento inflamado, verdadeiro e triste. Até mesmo que odeia o PT ficará sentindo. O vídeo tem 10 minutos, peço que assista, ainda mais você que pretende votar na Dilma, é um momento de reflexão.
A minha dica é escolher seu candidato antes mesmo de começar as propagandas eleitorais, porque elas todas são grandes falácias, inclusive do PT, a verdade nunca está presente, apenas promessas e jingles; campanha política é para os leigos, quem entende de política escolhe seu candidato assim que começam as discussões sobre o assunto.

domingo, 23 de maio de 2010

Confusão no show de Yann Tiersen durante a Virada Cultural em Piracicaba

O que foi aquilo que aconteceu ontem em Piracicaba? Um dos maiores desrespeitos e humilhações que eu e centenas de pessoas passamos envolta do teatro municipal para assistir ao show do Yann Tiersen!
Estava no site, foi dito por e-mail e por telefone que iriam distribuir 20% dos ingressos às 10 da manhã, porém distribuíram muitos mais da metade. A fila para pegar o restante do ingresso, que em tese eram os 80% restantes começou a se formar 7 HORAS ANTES e entre essas pessoas estava eu que vim de outra cidade especialmente para assistir ao show. Deixaram acumular uma fila tão grande que encheriam 3 ou mais teatros como aquele e ninguém fez nada.
Engana-se que o show foi gratuito, o contribuinte paulista pagou caro por aquela zorra e foi desrespeitado ao limite.
A Secretária de Cultura não sabia quem era o Yann Tiersen? No mínimo pensaram que era um qualquer francês; eu o esperava vir ao Brasil há anos, havia na fila pessoas de Manaus!!!! E eles, assim como eu, não conseguiram assistir ao show.
Que grande porcaria essa virada cultural do interior, sem nada planejado, bem a cara do funcionalismo público paulista, isso que dá deixar nas mãos desses vagabundos a tarefa de fazer um evento desse porte, dá em merda!
Em Piracicaba a Virada Cultural foi uma porcaria, nem vi Virada, vi tumulto, gritos, choros e bêbados. Essa é a imagem que levo da cidade, lugar que se Deus quiser nunca mais colocarei meus pés novamente.
Preciso aqui citar alguns nomes, deixar registrado a incompetência desses seres despreparados que ficaram com a missão de fazer uma boa Virada Cultural, mas acabaram criando uma Zona "Acultural": Lívia Maria Paes, supervisora geral que deixou explícito que não supervisou porcaria nenhuma, porque não tem competência para isso, Gabi Gonçalves e Preta Ribeiro, que são totalmente despreparadas e irresponsáveis. Pessoas como essas não podem ter orçamento em mãos, quando têm fazem merda, prova disso Virada Paulista em Piracicaba!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

custo x benefício dos ovos de Páscoa

Por ser Páscoa eu quero compartilhar o motivo que me fez não comprar nenhum ovo de Páscoa.
Alguém percebeu o quanto ficou mais caro os preços desses ovos? Eu acho um absurdo o valor cobrado por alguns gramas de chocolate que nem é nobre. Ultimamente ando muito metidinho em relação a chocolates, comendo alguns feitos na Suiça, Alemanha e França e até mesmo os nacionais, das melhores chocolaterias tupiniquins. Confesso que tenho uma grande queda por Prestígio da Nestlé, mas isto é detalhe hehe
Daí vejo os valores dos ovos comuns e dá até desânimo, 300 gramas de chocolate por mais de 20 reais, simplesmente porque tem forma oval.
O site Coma Com os Olhos fez a tabela abaixo comparando gramas de ovos com a mesma quantidade dele original em barra, a diferença de valor é absurda. Sorry, vou deixar a magia da Páscoa chocólatra de lado e não comprarei nenhum ovo.

sábado, 20 de março de 2010

verdades sobre o ecoturismo


Falarei sobre ECOTURISMO.
Eu como um ex-profissional da área tenho uma afinidade e conhecimento de causa um pouco mais desenvolvido.
Antes acho justo e necessário desmitificar que não existe ecoturismo quer não agrida a natureza, o que existe é minimizar o máximo possível do impacto na natureza nesses passeios feitos junto à natureza. Prova disso que estou falando é o governo federal estar começando a proibir a visitação de diversas cavernas e grutas pelo Brasil à fora, é indiscutível que quem vai conhecer uma caverna tem afinidades com a natureza. (parece estranho o que eu disse, mas muuuuuita gente não tem afinidade com a natureza e vive isolada dela, mas enfim, são escolhas e gostos próprios).
Dito essa introdução do ecoturismo, eu vou elencar algumas características dessa modalidade de turismo e se você por acaso já fez ecoturismo, relembre se todas essas características ditas aqui fizeram parte do seu passeio, caso foram descumpridas, você apenas conheceu a natureza e deixou uma cicatriz nela:
- Ecoturismo é feito em pequena escala, caso seu grupo seja grande ou há outros vários grupos em um determinado local, pode ter certeza que estarão, mesmo contra vontade própria agredindo a natureza. As cavernas do PETAR (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira) tem um controle de grupos que podem visitar por dia cada caverna. Depois que esse número é atingido, nenhum outro grupo pode entrar no parque.
- A infraestrutura deve ser modesta. Ou seja, nada de resorts em área de proteção ambiental. Uma das grandes farsas de ecoturismo nacional são os hotéis de selva. É totalmente descabida a ideia de conforto de hotel 5 estrelas no meio da floresta Amazônica. Você vive sim em contato com a natureza, afinal de contas está fincado exatamente no meio dela, mas pode ter certeza que a natureza sofreu muito para ser construído esse oásis e sofre com o número de visitantes e funcionários que vivem e usufruem do luxo longe da civilização.
- Os visitantes têm uma mentalidade menos espoliativa e agressiva. Isto é, você não vai visitar uma ilha quase que deserta e levar contigo uma pedra de recordação. Porque imagine se todos os visitantes que forem lá tiverem a mesma atitude que você, em quanto tempo ainda haverá pedras nessa ilha? Certa vez eu fui na Ilha do Cardoso e uns adolescentes pegaram uma sacola de pedras de recordação, eu fiz todos devolverem, afinal de contas já inventaram a máquina fotográfica.
- Os moradores das comunidades locais são beneficiados pelo ecoturismo. Por isso se você faz essa modalidade de turismo e apenas grandes empresas que fazem todo o passeio, pode ter certeza que você estará promovendo a pobreza local. Não existe guia turístico melhor que o morador que nasceu e cresceu naquele lugar, não existe lembrança melhor do que o artesanato feito por aquelas pessoas e não existe comida melhor do que a culinária local.
- Passeio sem aprendizado é desfrute gratuito do local. Não adianta você ir em um lugar de preservação e não saber o porquê aquele lugar é preservado, quais tipos de vida existem no local e etc. Ir apenas para usufruir das qualidade naturais é predadorismo. Deve haver uma conscientização ecológica e uma educação ambiental, senão nada daquilo terá havido a pena.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Funcionário de uma grande empresa

Ano passado eu decidi estagiar na área de marketing de uma grande empresa. Por dois motivos: ambiente onde eu pudesse aprender com profissionais experientes e ter a oportunidade de crescimento. Por isso eu acabei me inscrevendo em diversos programas de estágios. Esses programas recebem sempre milhares de inscritos e em muitos deles eu fui para frente. No próximo post eu vou escrever um texto dando dicas cruciais de como ir bem nesses processos. Resumindo essa parte, eu passei nos processos seletivos do Itaú, da Oi, da Volkswagen e do Santander. Eu pude escolher a empresa na qual eu gostaria de trabalhar. Um luxo merecido, pois eu dediquei boa parte do segundo semestre de 2009 com esses programas.

Eu optei em trabalhar no Santander por diversos motivos, desde remuneração até a política de desenvolvimento dos funcionários. O modo que a empresa foi apresentada pela Page Personnel - consultoria de recrutamento - fazia qualquer funcionário público pensar duas vezes se não trocaria seu emprego estável por um emprego na instituição.
Estou satisfeito com a minha escolha, eu ainda não comecei o trabalho, mas já conheci a equipe com quem vou trabalhar, o lugar e parte do prédio. O edifício que fica a sede do Grupo Santander Brasil é um capítulo a parte. Li na Exame que ele custou 1 bilhão e 100 mil reais. É um dos prédios mais imponentes de São Paulo. Estou encantado pelo prédio até agora. Meu andar será o vigésimo, onde fica o departamento de Qualidade e Sustentabilidade. Isto é, o meu departamento!
De cara houve uma empatia pelos meus superiores. Acredito que foi recíproco, já que foram eles que deram a palavra final e me contrataram.
A resposta que eu fui selecionado veio exatamente há um mês. E só consegui entregar a documentação exigida pelo RH da empresa há dois dias. O CIEE, o Mackenzie e os fatos mais inesperados possíveis fizeram eu atrasar a entrega. Eu já tinha ódio da burocracia, hoje eu já declarei guerra contra ela. 
Resumindo. Estou super feliz e e empolgado. Ansioso para começar de vez e ajudar o Santander ser o melhor banco do Brasil. Meta que é verdadeira e tenho certeza que conseguiremos juntos.

Para finalizar, uma histórinha entre mim e o banco.
A primeira vez que eu ouvi falar desse banco foi em 2000, portanto há 10 anos e eu tinha apenas 12 anos de idade. Foi quando ele comprou o Banespa, banco estatal do Estado de São Paulo. Lembro que tinha odiado, porque um banco "nosso" acabara de ser comprado por um banco espanhol. Lembro também que saiu uma tirinha na capa de um jornal do famoso prédio do Banespa no centro de São Paulo, onde tem uma bandeira paulista tremulante e abaixo escrito Banespa, nessa tirinha o mesmo prédio tinha uma bandeira espanhola e abaixo estava escrito BanESPANHA.
Depois superei isso, até mesmo abri uma conta no Santander e hoje tenho imenso orgulho de trabalhar no Grupo Santander Brasil.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

a não obrigação de atos heróicos

 Incrível a capacidade das pessoas em julgar e crerem no poder de autonomia para isso em relação a figuras públicas que assim são não porque procuraram ser, mas acabaram sendo.



O caso que venho vos contar é do ser mitificado ainda vivo, o Tiger Woods. Dizem as boas e más línguas, que ele é o maior golfista de todos os tempos. Não posso emitir opinião porque não conheço nada do esporte, porém conheço muito do Tiger.


Como o Pelé, ele faz propaganda de tudo e com um cachê de fazer inveja a qualquer Tio Patinhas. Conheço-o por meio dessas propagandas e das muitas fotos que vi em jornais. Muitos enxergam esportistas campeões como heróis. Minha visão de herói é aquela de uma pessoa que salva uma nação, um grupo de pessoas ou então que até mesmo uma única vida do perigo. Um bombeiro é um herói, um golfista não.


Talvez por falta de heróis, já que a maioria deles são apenas seres imaginários ou de histórias de ficção, as pessoas colocam essa necessidade de venerar alguém como semi- Deus em pessoas públicas, como esportistas ou músicos. Coitado dessas pessoas que foram colocadas no pedestal sem antes ter sido consultadas. Creio que golfistas, usando o exemplo deste texto, o Tiger Woods, não escolheram o ofício por quererem tornar-se heróis, mas sim porque gostam do esporte e têm talento para isso.


E nessa confusão de heróis místicos dos livros com heróis empossados da vida real, as pessoas não conseguiram assimilar que os heróis da vida real não são seres perfeitos ou que estão o mais próximo possível dessa perfeição. Talvez sejam extremamente bons em alguma coisa, como o Tiger é nas tacadas e na mira miraculosa. Mas não em tudo.


Quando o herói mostra-se imperfeito todos seus fãs, súditos, fanáticos, dependentes e afins, pegam suas pedras para apedrejar o herói que antes era o maioral. Mas desta vez não há Jesus Cristo para lembrar que ninguém é perfeito. É o herói contra a massa moralista e cega. E esse ato de apedrejamento nada mais é que um paliativo próprio, como se as pessoas se enobrecessem a cada discórdia dos atos errados do herói.


Tiger não deve nada para ninguém, ele sendo uma figura pública em que muitas pessoas depositam sua insignificância nas costas dele ou sendo o nosso vizinho que nós pouco sabemos a respeito.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Gringo no samba

O Carnaval em São Paulo muitas vezes se resume em desfiles de escolas de samba e apesar do que alguns cariocas pregam, a capital paulista não é o túmulo do samba. Prova disso é a existência de renomadas escolas de samba, entre elas podemos citar a Nenê de Vila Matilde, que na verdade está instalada no bairro da Penha, a Rosas de Ouro e a Vai-Vai.
Certa vez fui conhecer um ensaio a convite da Lygionilda, garota com olhos de gato que trabalha no aeroporto e fala igual a um travesti, apesar de ter órgãos genitais femininos. O ensaio era na quadra da Vai-Vai, no Bexiga, como eles costumam dizer e não Bela Vista, como os moradores costumam dizer. De cara notei que o ensaio não acontecia na quadra, mas sim na rua e ela, obviamente, interditada.
Decidi brincar com minha aparência, por ser loiro e muitos dizerem que tenho aparência de estrangeiro, eu fingi ser holandês. Escolhi essa nacionalidade porque sei que o brasileiro típico mal sabe onde fica a Holanda, portanto, não conseguiria pegar minha pegadinha por conta de algum deslize meu acerca da cultura. Também decidi ser holandês por um dia porque eles falam prioritariamente o holandês, sua língua mãe, e outros idiomas, como o inglês, eles aprendem no dia-a-dia, de modo mais informal, portanto, caso eu escorregasse no inglês, ninguém poderia apontar o dedo na minha cara e dizer que sou uma farsa.
Fui lá, fazer o gringo que mora dentro de mim sambar. Eu, assim como qualquer estrangeiro animadinho, tenho total convicção que sambo bem pra dedéu, apesar de não sambar nada e geralmente tropeçar nos passos. Minha maior fonte de inspiração é o mestre-sala, que rodopia e pula feito uma perereca reumática.  Às vezes também me desce, como uma pomba-gira, minha maior referência “sambística”, a Globeleza, e danço loucamente.
Comecei meu show particular, não que essa fosse minha intenção, e não demorou muito para as pessoas apontarem, rirem discretamente, pouco depois nem tão discretamente e não muito depois, a tirarem foto, filmarem e me imitarem – sarcasticamente -. Virei atração no ensaio da Vai-Vai, competindo a atenção com as mulatas de minissaia.
Os outros gringos, os de verdade, eram bem mais discretos, no máximo dois passinhos para lá e dois para cá, com os dedos indicadores apontados para o céu e os braços em ângulo de 90º graus. Fiz várias amizades breves, treinei o inglês do povo, não que o meu era bom a esse ponto, aprendi a falar palavras em português com o sotaque mais cômico que eu conseguia imitar e a noite transcorreu na maior alegria.
Descobri em mim um dom, sou o maior pé de valsa, quer dizer, maior pé de samba de toda a Holanda. Rotterdam ficou pequena demais e no ano seguinte, este de 2010, voltei para a quadra da Vai-Vai, ouvir a bateria estremecer meu corpo com aquela batida fenomenal e sambei novamente, agora embaixo da chuva e agradeci a Iemanjá (???) pela noite molhada de samba.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Leandro Vitor, profissional de marketing

Desde muito cedo eu queria ser jornalista. Não sei ao certo o que queria com o Jornalismo, se era trabalhar na televisão (velho sonho meu), se era informar a população ou então posar como intelectual.
Fui alimentando esse sonho e fazendo dele meu objetivo maior na vida. Quem me conheceu entre meus 12 anos até meus 20 e 21 e pouco, certamente sabia dessa minha vontade, eu a estampava na cara e todos diziam que eu faria uma grande carreira. Só que a vivência e o amadurecimento foi aparecendo, eu percebi que não levava tanto jeito para a coisa. Com o passar dos meses, eu estudando Jornalismo na faculdade, sentia-me mais pressionado e incompatível com a carreira de jornalismo. Daí bateu o desespero, se eu não for jornalista, o que serei?

Eis que no primeiro semestre de 2009 tive uma matéria na faculdade chamada Marketing em Comunicação, com o professor Cadu e de repente, o mundo descortinou perante mim. Eu me encontrei totalmente e comecei a ter um imenso prazer em estudar Marketing. Em um ano estudando eu tenho mais livros da área do que livros de jornalismo que estudo há três anos e meio.
O Marketing para mim é tão lógico e ao mesmo tempo interessante e desafiador, que não me vejo trabalhando em outra profissão. Fico bastante feliz que aos 22 anos de idade eu já sei muito bem o que quero e agora não ouço mais os outros dizendo que terei uma grande carreira, afinal de contas a maioria ainda me vê como um jornalista, agora eu tenho certeza que terei uma grande carreira em Marketing. E estou construindo pouco a pouco desde o ano passado quando entrei na Amberg Filmes.

Este post não é nenhuma autoafirmação, pois como explicitei, sei bem o quero e faço por onde, este post é apenas um comunicado aos que ainda me veem como jornalista.
E quem quiser ler meu blog de marketing, fica aqui o convite para conhecerem meu Marketing de Atendimento onde eu avalio o atendimento das empresas, faço críticas e sugestões e etc.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Veja, o descompromisso com o Jornalismo

Abaixo está o e-mail que acabo de enviar para o veja@abril.com.br
Nele mostro o motivo pelo qual não vou mais renovar minha assinatura da Revista Veja.


Aqui em casa somos assinantes da revista Veja. Eu por ser estudante de Jornalismo acho mais do que necessário ser assinante da principal revista informativa do país e claro, de um jornal de qualidade.
Todavia, ando muito insatisfeito com a postura editorial antiética da mais importante revista do Brasil. Há anos que vocês da Veja já escandalizaram em que time jogam e calcam toda a política editorial em cima disso. Falo principalmente em ordem política, contudo há resquícios em todas as áreas da revista, como vocês bem sabem disso.

Eu estava relevando tudo, lendo com um espírito crítico muito maior, com minhas antenas ligadas para não ser contaminado com opiniões nada disfarçadas, mas cheguei ao meu limite ao abrir as últimas edições e encontrar um assombro, excesso de ironias.
Por favor Veja, não confundam Jornalismo com J maiúsculo com caderno de piadas. Se eu quiser ler isso eu compro relíquias do O Pasquim ou então a Bundas. Se sou assinante da Veja quero saber o que está de fato acontecendo no mundo em que vivo.
Hoje a degradação do Jornalismo chama-se Veja.

Em fevereiro vence minha assinatura, não trabalho com a remota hipótese de renová-la. Tenho mais o que fazer, ou melhor, tenho leituras de melhor qualidade para fazer. Infelizmente o retrato do Brasil é péssimo, mas está a altura do seu retratista principal, a Veja.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A questão do transporte público em São Paulo.

São Paulo é conhecida nacionalmente como a cidade dos congestionamentos sem fim. Uma fama bastante justa. Inclusive essa característica ultrapassou aquela da "terra da garoa", "lugar onde se ganha a vida" e entre outras muitas.
A população paulistana está acima dos 11 milhões de moradores e a quantidade de carros ultrapassou os 5 milhões faz tempo. Como foi bastante divulgado nos noticiários, no ano de 2009 as montadoras de automóveis bateram recordes de venda e grande parte desses novos carros vieram para a engasgada malha viária de São Paulo.

Os números não mentem, não há mais lugar para carros na cidade, logo mais teremos que optar por nós ou por eles. A solução para esse problema todos já sabem e inclusive as propagandas pagas e caras dos governantes reverberam em todo canto: "Vamos construir metrô!", "vamos fazer corredor de ônibus" e principalmente, "vamos deixar os carros na garagem e utilizar o transporte público!".
Todavia, os fatos não correspondem ao discurso. Alguém me diz, é possível utilizar o transporte público na cidade de São Paulo e arredores com o mínimo de conforto? Impossível! Chega ser impraticável utilizar o transporte público com o mínimo de dignidade. Pagar uma tarifa super cara para ser espremido entre tantos outros cidadãos é humilhação pública.

Desde o dia 04 de janeiro deste ano a tarifa do ônibus na cidade de São Paulo aumentou de R$2,40 para R$2,70. Uma tática cafajeste do sem caráter Gilberto Kassab, atual prefeito de São Paulo. Digo tática porque esse político do DEM durante a eleição que ele venceu em 2008 prometeu não aumentar a tarifa do ônibus no ano seguinte. Dito e feito, ele não aumentou, porém, no primeiro dia útil do ano seguinte - 2010 - ele aumentou a tarifa acima da inflação acumulada.

A reportagem de Guilherme Balza do site Uol Notícias fez uma conta de quanto o paulistano gasta usando duas tarifas de ônibus diária por mês. O valor fica em R$162,00, o que representa 31,7% do salário mínimo. Caso utilize a integração com o metrô, que fica em R$4,00 reais a tarifa, o valor sobe para R$240,00 ou 47% de um salário mínimo.
Só posso fazer um comentário. É absurdamente revoltante. Qual incentivo que o Governo dá para que os paulistanos deixem seus automóveis na garagem e utilizem o transporte público? Eu que não pensava em comprar um carro tão cedo já estou mudando de ideia e fazendo planos em adquirir em um futuro breve um automóvel. Ainda assim é um pouco mais caro manter um carro, mas prefiro estar dentro de um parado no trânsito a ser machucado dentro de um metrô ou ônibus e pagar caro por isso.

Eu até acharia justo pagar esse valor que é cobrado hoje caso eu viesse sentado ou então em pé sem ninguém encostado em mim. Mas pagar R$2,70 e ser quase esfolado vivo dentro de um coletivo é o cúmulo e deveria ser resolvido na justiça.

Existe no Brasil um movimento social chamado Movimento do Passe Livre (MPL) que luta por um transporte público mais digno, honesto e barato. Eles defendem a migração do transporte público do setor privado para o público. A minha opinião é totalmente igual. O transporte, ainda mais em uma cidade como São Paulo, não pode ser utilizado para o lucro exarcebado de alguns empresários do setor, pois é uma área estratégica e de importância social inestimável. Eu tenho algumas ideias que eu ofereço aos vereadores ou políticos para um transporte mais justo e digno para a cidade.

Deixando o sistema de transportes do modo que está é mais do que necessário que a Prefeitura e o Governo do Estado façam o subsídio da tarifa, deixando-a abaixo de 2 reais. Desse modo preservaria os atuais alicerces do transporte e também os contratos. Se foi privatizado o setor de transporte público, o usuário não pode ficar refém dos valores que os empresários exigem.

Outra saída é seguir a lógica do MPL e incorporar o transporte público sob a direção do Estado e claro, o mesmo não usá-lo como máquina de fazer dinheiro, apenas cobrar para não ter prejuízos. Se, por exemplo, hoje o gasto médio fosse R$1,50, então esse seria o valor cobrado. E como alternativa, o Governo poderia liberar que os atuais empresários do setor explorassem um transporte público alternativo, isto é, linhas de ônibus mais confortáveis e com tarifa liberada. Já existe o tal do ônibus fretado que a prefeitura está combatendo (outra medida cretina do Kassab, pois quem utiliza o fretado é porque não quer usar o transporte público e prefere deixar o carro em casa), mas esse transporte público alternativo seria linhas de ônibus iguais às convencionais, porém com valor diferenciado e claro, maior conforto.
Precisamos ser realistas, uma pessoa com uma condição social favorecida não vai querer dividir um mesmo coletivo com um desfavorecido. Muitos utilizam o carro não porque preferem dirigir, mas por status mesmo. Nossa sociedade desde 1500 está calcada nessa diferenciação hierárquica e não vai mudar tão cedo.

Enquanto ninguém implanta um sistema de transporte público eficiente e digno, vamos cobrando carros e colocando na rua ao mesmo tempo, até a cidade finalmente parar de vez.
E preparem o bolso queridos paulistanos, muito em breve a tarifa do Metrô e CPTM aumentarão e podem ter certeza que ultrapassará o valor do ônibus.