sábado, 27 de setembro de 2008

artesanato indígena

Continuando na onda de defesa dos direitos indígenas eu tenho um dica para vocês.
Eu descobri há duas semanas a existência de uma loja em São Paulo da FUNAI - Fundação Nacional do Índio - que vende artesanato indígena, obviamente feito pelos índios em suas aldeias.
O nome da loja é ARTÍNDIA, está localizada na Galeria Ouro velho na rua Augusta, número 1371.
O Programa Artíndia, criado pela FUNAI em 1972, tem o objetivo de adquirir e comercializar artesanato produzido pelos diversos povos indígenas do Brasil, visando a divulgação e valorização de suas respectivas culturas. Nas sete lojas Artíndia, localizadas em seis Estados e no Distrito Federal, são comercializadas peças de cerâmica, trançados, madeira, tecelagem, dentre outras, representativas da riqueza e diversidade das culturas indígenas de nosso país. Os recursos resultantes da comercialização são reinvestidos em benefício das populações indígenas, sendo aplicados em novas aquisições e promovendo a geração de renda para as mesmas.
Para maiores informações mandem um e-mail para: artindia@funai.gov.br

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

estelionato eleitoral

Eleitores de São Paulo abram o olho. O novo golpe da praça é o estelionato eleitoral. Em tempos de ano eleitoral o que não falta é oportunista querendo induzir o voto das pessoas.
Alguns candidatos se passam por outras pessoas, da forma possível, para assim abocanhar alguns votos dos desavisados de plantão. O exemplo mais conhecido é do candidato que se apresenta pelo pretencioso nome de Enéias Filho. O homem é um fanfarrão, de um partido sem causa e oportunista, o PTN. Ele tenta se passar como filho do falecido Enéas Carneiro, por isso ele copiou o péssimo visual do falecido e usa como nome de guerra "Enéias Filho", uma vez que se chama Luciano Soares.
Outro caso que os mais atentos já notaram é o tal do Russomanno que é coligado ao trambiqueiro partido PP. Quem vê pensa que o candidato Russomanno é o famoso Celso Russomanno, uma vez que ambos são do mesmo partido e em todos os comerciais da tevê o estelionatário Russomanno não mostra seu rosto, apenas seu nome e seu número, que é o mais fácil de gravar: 11.111 Não é à toa que eu disse que o PP é trambiqueiro, ele sabe da situação (é a segunda eleição consecutiva que o imoral Russomanno cover usa tal artimanha) e ainda por cima dá-lhe o melhor número da legenda, além do sempre espaço nas propagandas gratuitas. Quem quiser conhecer o rosto do ATTILA Russomanno basta acessar o site do malfeitor http://www.russomanno11111.can.br/
Até partido sério, como PSDB, aceita candidatura de estelionatários. Entre os tucanos tem o tal do Anibal. Esse é mais "light", ele usa seu rosto e seu nome. O detalhe é que existe um político famoso que já se candidatou para o Senado e pelo próprio PSDB e esse se chama José Aníbal. O ideal seria que o candidato usasse nome e sobrenome para que não houvesse confusão, mas óbvio que toda sua candidatura é pautada na confusão, assim como Enéias Filho e o Russomanno.
O TSE deveria impugnar a candidatura desses estelionatários. E digo mais, nas propagandas políticas não poderia ter pessoas influentes ao lado de algum candadito, como é comum hoje ver um pastor evangélico pedindo votos para algum candidato que apenas sorri para a câmera. Isso é tão asqueroso quanto a estratégia dos citados neste texto.

Eu estava pensando em escrever um texto explicativo falando da função do presidente, senador, deputados, prefeito e vereador. Porém, Marcelo Tas lançou esta semana uma série na internet de quatro capítulo sobre eleição, eu sei que em um deles o Tas contará a função de cada cargo. Se ficar bom eu me abstenho de escrever aqui, apenas passo o link. Não obstante, eu passarei aqui o link do primeiro episódio e indico que todos assistam. O som está mal captado, o que interfere diretamente na qualidade do material. (desculpem-me, eu sou jornalista e me atenho a esses detalhes rss).
Toda terça e sexta-feira tem um novo episódio disponível na seção ELEIÇÕES do site Uol.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

palestrante pela primeira vez

Eu queria começar este meu quinquagésimo post deste blog agradecendo as muitas visitas que estou recebendo. Sempre que posso eu retribuo com muito carinho, nunca com peso de obrigação.
Hoje não vou escrever nenhum pensamento sórdido ou comentar algo que me chamou atenção. Vou falar algo que irei fazer esta semana. Eu fui convidado para dar minha primeira palestra! Eu sempre quis dar uma palestra, mas não pensei que aos 20 anos isso se concretizaria.
O tema é: Moda como meio de comunicação. Quem me conhece deve estar pensando "Leandro como assim? Você é extremamente brega, usa uma camiseta amarelona, uma bermuda azul e um tênis verde e se considera bem vestido! Ou então usa um blusão cor, literalmente, de merda e se acha chique!". É... tenho que concordar com os pensamentos sórdidos dos que me conhecem, não entendo nada de Moda. Por isso mesmo estou pesquisando sobre o assunto para não fazer feio. Eu entendo um pouco de Comunicação, afinal de contas é o que estudo. Mas moda bem pouco. Só para dividir algum conhecimento com vocês, eu aprendi que a nossa espécie começou a se vestir, inicialmente, para se proteger do frio, por isso além de caçar animais para se alimentarem, eles caçavam para usarem suas peles. Isso há 30 mil anos atrás. E cinco mil anos mais tarde, na Idade da Pedra, o uso de roupas já era corrente e o uso da técnica de fabricação de fios, como usando pêlos das ovelhinhas e algodão, já era dominado.
É amanhã a palestra, estou um pouco nervoso, mas espero que dê tudo certo. Quem sabe depois eu não faça um post sobre o assunto da minha palestra?

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Ensaio sobre a cegueira - o filme

Há umas semanas atrás eu escrevi minhas impressões sobre o livro Ensaio Sobre a Cegueira do escritor português José Saramago e contei da minha expectativa do filme homônimo do diretor brasileiro Fernando Meirelles. Hoje foi a estréia do filme e finalmente pude matar minha curiosidade.
Não farei uma crítica minuciosa ao filme, eu até entendo minimamente de cinema para fazê-la, mas esta não é minha intenção. Antes de escrever qualquer crítica indevida ou não, tenho um questionamento interno: qual seria minha opinião em relação ao filme caso eu não tivesse lido o livro que gerou a película?
Eu tentei entender a história sem o auxílio de Saramago, todavia, às vezes, eu me perdia, eu me embolava no desenrolar dos acontecimentos. Eu sabia o que estava ocorrendo por causa da minha leitura, mas se fosse apenas pelo filme acho que não teria compreendido tudo. No entanto, até agora não o entendi por completo, o filme é confuso. Eu gostaria que meus estimados leitores que já assistiram ao filme e não leram o livro dissessem o que achou e me falasse também se entendeu tudo. É uma curiosidade que tenho.

Minha expectativa era quase que megalomaníaca, por isso acho que o filme não está nivelado ao livro. Eu imagino muito bem as dificuldades de adaptar um livro para a telona, ainda mais quando ele é escrito por um vencedor de Prêmio Nobel. Fernando Meirelles apostou alto, entretanto, ele ficou em débito. Poucos leitores estarão satisfeitos com a adaptação, muitos por causa da inevitável falta de fidelidade, outros por ele dar vida, dar feição aos personagens (na minha cabeça a rapariga de óculos escuros sempre foi e sempre será uma loira de cabelo encaracolado, mesmo que a Alice Braga, uma morena de cabelos levemente cacheados dê vida para ela no cinema).
Meirelles não conseguiu deixar a platéia agonizada e aflitiva. Percebi isso observando os outros espectadores, mas levarei em consideração, principalmente, o que senti. Foi quase que uma apatia. Fui para a sala de exibição preparado para apertar a cadeira, me segurar e fechar os olhos em dados momentos. Nada aconteceu, nenhuma reação parecida tive. Os momentos mais críticos do livro no filme foi apenas uma passagem. Lembro-me bem quando eu tive vontade de chorar ao ler momentos do livro, quando estiver pronto a vomitar, quando queria parar de ler porque estava muito forte para mim, quando parei para refletir e principalmente, quando pensei o que ando fazendo da minha visão. No filme tudo isso passou batido. Meu único divertimento foi reconhecer minha cidade, São Paulo, na telona, rir dos táxis não paulistanos, reconhecer o Minhocão e olhar a Ponte Octávio Frias inacabada. O filme não passa sensações, o filme não detalha emoções.

Obs: eu disse que não seria uma crítica ao filme, tentei evitar, mas no fundo este texto virou uma crítica.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Claudia Andujar

Claudia Andujar nascida na Suíça, mas brasileira de coração desde que veio trabalhar no país na década de 50, é jornalista e fotógrafa, trabalhou na revista Realidade, onde deu uma guinada em sua carreira. Claudia é uma das fotógrafas brasileiras que desenvolveu a fotografia no país, inclusive na década de 70 ela ministrou cursos de fotografia.

Por conta da Realidade ela conheceu a tribo indígena Ianomâmi da Amazônia. Andujar depois dedicou parte da sua existência a fotografar os índios da aldeia. Inicialmente ela aceitou aquilo como um trabalho de documentação de uma etnia minoritária. Mas depois ela se aproximou mais e mais e passou a observar e entender quem eles eram e mostrar isso através da imagem. Claudia Andujar denunciou por meio de suas fotografias o genocídio contra os Ianomâmis e mostrou toda sua cultura. Era um trabalho muito árduo, já que os índios não gostam serem fotografados, eles acreditam que a foto rouba suas sombras, o que para nós seria a nossa alma.

Ao falar de Claudia é impossível não vincular seu nome à tribo Ianomâmi. Apesar disso a FUNAI proibiu a permanência dela entre os índios, por ela ser estrangeira e trabalhar próximo à fronteira. Só 30 anos depois que ela Fe sua primeira grande exposição com 80 trabalhos. Hoje existem os livros Yanomâmi (ambos com o mesmo nome) para quem tiver curiosidade de conhecer mais a cultura e as mazelas desses brasileiros.

domingo, 7 de setembro de 2008

Palhaço

O palhaço é um arquétipo muito poderoso, porque ele está presente em todas as culturas, desde os pajés, por exemplo, das tribos indígenas, que eram os malucos belezas porque ficavam possuídos pelos espíritos dos deuses e aí faziam danças estranhas, falavam línguas de outro mundo e impactavam as pessoas, curavam as pessoas.
Passa-se pelo Arlecchino na Commedia Dell'Arte, pelos Saltimbancos, aí, chega nos grandes palhaços do circo, os grandes palhaços do cinema, como Chaplin, como o Gordo e o Magro.
E, em toda essa trajetória o palhaço é sempre uma figura que causa estranhamento. E isso pode acabar em humor, isso pode acabar em surpresa, isso pode acabar em assombro.
O bobo da corte, por exemplo, ele era inteligente o suficiente para se passar por bobo só para falar as verdades que guilhotinavam a todos, menos a ele porque era só um bobo. Eu não sei... Particularmente eu acho que desde que a humanidade passou a se juntar em bando no meio deles sempre tem um palhaço. O palhaço da turma, e só verificar. [SIC]






























sábado, 6 de setembro de 2008

Múmia andando de metrô



Mais uma foto da seção "câmera indiscreta".
Era mais uma sexta-feira quentíssima de inverno em São Paulo (??), eu estava no metrô indo para a minha faculdade quando vejo uma múmia entrando no vagão e se instalando próxima à porta. No momento pensei que fosse algum moribundo, mas olhei melhor e era sim uma múmia! Logo estava explicado esse inusitado fato, ela estava li fazendo propaganda das Noites do Terror do parque de diversões Playcenter.
Em minha humilde opinião, uma das jogadas de marketing mais inteligentes que vi ultimamente. Quem quer ir comigo às Noites do Terror? rsrsrs

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Ensaio Sobre a Cegueira

Ontem terminei de ler um dos livros mais famosos do José Saramago, Ensaio Sobre a Cegueira. É uma leitura adaptativa, pois ele usa poucas regras de pontuação. Em nenhum momento ele emprega dois pontos, interrogação ou exclamação. Apenas vírgulas e pontos finais.
Lendo um livro como tal é que se enxerga a diferença entre um bom e mau escritor. Bons escritores falam da essência humana, abre os olhos dos leitores, faz o convite à reflexão, os maus escritores, nem digo maus, mas os menos talentosos apenas contam histórias, faz da leitura um passatempo e não um enriquecimento da alma.

Eu classifico o livro Ensaio Sobre a Cegueira como de filosofia. Pois me fez enxergar os limites da humanidade, a repugnância e as belezas que o homem guarda dentro de si.
Ele usa muitos trocadilhos de ditados populares, pelo visto universais, sobre a cegueira. Mostra o quão cheio de significados cada um desses carrega. O melhor de tudo é o convite à reflexão que o autor oferece. Faz com que nós pensemos o que fazemos com nossos olhos, o que queremos enxergar e o que preferimos ignorar. Temos olhos não apenas para nossa sobrevivência, mas para de todos.
Esse é outro ponto interessante, o livro denuncia o quanto somos dependentes uns dos outros, ainda mais vivendo em sociedade. Se for pensar, somos um animal frágil, só estamos vivos porque em certo momento na história da humanidade as pessoas passaram a viver juntas, digo, a construir benfeitorias para o grupo, sem elas, não teríamos chegado onde estamos.

Daqui a dez dias o filme homônimo ao livro será lançado. Tem muita gente esperando por ele, eu sou deles. Aguardo pelo filme, mas não espero que seja fiel ao livro. Eu gosto muito de adaptações de livros para a telona, muitas vezes os livros são roteiros quase prontos e contém ótimas histórias. Porém, não creio que Ensaio Sobre a Cegueira dê um filmão da mesma forma que é um livrão, isso caso, como já disse, seja fiel ao livro. Posso quebrar minha cara! Adoraria se isso acontecesse. Seria uma grata surpresa. Dia 12 de setembro vejamos o que Fernando Meirelles aprontou e sano minha curiosidade.