segunda-feira, 19 de maio de 2014

A fórmula mágica do amor

Relacionamentos é sempre uma pauta de conteúdo, experiências e opiniões infinitas. Deve ser o assunto com mais frases prontas que fazem algum sentido. "Quem muito escolhe, acaba sendo escolhido", "Quem eu gosto não gosta de mim, quem gosta de mim eu não gosto", "Nunca transe no primeiro encontro, tem que se valorizar para ser valorizado", "Não procure, seja encontrado". Uma infinidade de fórmulas prontas para serem colocadas em prática e conquistar um desejado relacionamento.

Há pouco mais de um ano eu estava disposto a tentar todas essas, na verdade eu já usei muitas das famosas fórmulas em algum momento da minha vida. Eu queria namorar, por isso em todas as minhas oportunidades eu deixava minhas intenções bem claras, mesmo batendo de frente com aquela fórmula bem popular e a mais cuzona de todas "Finja não estar interessado, seja difícil". Vendia meu peixe, mostrando que eu era digno para ostentar o título de namorado, fazia atividades interessantes para ter assuntos surpreendentes, até aprendi a fazer arroz de forno, um prato que requer muito mais dedicação e talento do que preparar o manjado “pasta ao molho X”, que nada mais é macarrão com molho pronto.
O mais engraçado que quando eu demonstrava meus objetivos não conseguia evoluir as minhas paqueras. Chegou um momento que pensei, quer saber, vou trepar com todo mundo e foda-se, se possível no primeiro encontro. Repentinamente eu me vi em um relacionamento, não tinha título, não queria títulos ainda, como foi tudo sem planejamento, não sabia como chamar aquilo. Dois meses depois de passar dormir juntos pelo menos 3x por semana, almoçar todo domingo com meus sogros, eu pensei "estou namorando!", oficializei no dia dos namorados e the end parte 1 da história.

Hoje estou solteiro faz poucos meses e não quero envolvimento sentimental. Primeiro porque terminei um namoro recentemente e não acredito em amor após término recente e outra porque assim como Hazel Grace, personagem célebre do John Green, sinto-me uma bomba relógio prestes a explodir. Envolvimento sentimental seria apenas uma burrice. Eu estou solteiro, mas graças a Deus está chovendo muito na minha horta, o que me possibilita escolher os melhores frutos para a minha dieta (beijinho no ombro para vocês!!). Invariavelmente quando conheço alguém falo meu discurso "não busco relacionamento, quero apenas colecionar bons momentos", um eufemismo que cai muito bem nesta ocasião. Deixo claro, que a ideia não é prolongar, telefonas no dia seguinte não são aconselháveis e ainda assim tenho uma pequena lista de nomes interessados em algo mais concreto e algumas declarações ouvidas que eu daria tudo para ter ouvido ano passado quando procurava por um amor.


Qual é o problema da humanidade? Digo que quero amar e que sei fazer arroz de forno e não tem uma alma querendo dormir de conchinha comigo e me dar apelidos carinhosos e ridículos. Digo que vou explodir, que não quero nada e, ainda assim, preciso ser meio babaca distribuindo gelo ou não responder Whatsapp.
Realmente relacionamentos são complexos. Fórmulas prontas não existem.
4, 3, 2,1. BUM!