segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Como são as baladas na Austrália

Às vezes me perguntam: “Leandro, como são as baladas aí na Austrália?”. Se você pensa que são recheadas de loiros altos e fortes e muitas mulheres com roupa de piriguete se esfregando em geral e todo mundo muito, muito louco, pode deixar seu cavalinho na chuva porque você acertou em cheio! Mas, antes que você corra e compre sua passagem aérea para cá, termine de ler o texto que vou explicar melhor como são as baladas australianas e como o povo se diverte aqui.

Para começo de conversa é proibido beber em local público na Austrália, isso inclui praia, obviamente. Para quem é fã de cervejinha na areia da praia é melhor ir para alguma bem remota ou ser super discreto, assim evita problemas com a polícia. Bebida alcoólica aqui é considerada uma droga, o que não deixa de ser verdade. Só pode comprar álcool em liquor stores ou bares autorizados. No segundo caso não se pode sair do recinto com a bebida. Eu mesmo tentei comprar em um pub uma cerveja importada para dar de presente e não me permitiram sair do local. Joguei meu charme e ainda assim não permitiram, então dei uma carteirada, disse que eu era amigo íntimo da Kate Middleton, aqui na Austrália é mais famosa que a Ivete Sangalo em Salvador. Não funcionou também. As liquor stores fecham à meia-noite, logo, se acaba os bons drinks da sua festa a uma da madrugada, o jeito é beber água da torneira. Pior ainda no estado de New South Wales, lá essas lojas fecham impreterivelmente às 22hrs. Eu mesmo já fui vítima desse horário salafrário em Sydney, quase chorei às 11 da noite no meio da rua pelejando por álcool!! Aliás, sinal de riqueza por aqui é beber vodka! Só de pensar nessa bebida eu fecho os olhos, inclino minha cabeça para trás até tocar no encosto da cadeira e abro ligeiramente meus lábios. Sinto um prazer inenarrável ao relembrar o sabor dessa deliciosa bebida feita de tubérculos... JURO POR DEUS, aqui na Austrália eu como mais caviar sueco do que bebo vodka russa. Sabe quanto custa uma garrafa de Smirnoff? Por volta de 40 dólares!!! Quando digo aos meus amigos aussies que no Brasil com 20 dólares dá para entrar em coma alcoólico de tanto beber Smirnoff eles ficam chocados.

Agora que vocês perceberam que ficar bêbado não é fácil e nem barato, o próximo passo é ir para a balada. Aqui elas começam cedo, algumas 6 da tarde, outras 9 da noite. Não existe balada que começa meia-noite. Ah claro, se começa cedo, acaba cedo também. Dia desses eu fui expulso À VASSOURADAS de uma balada às 3 da manhã porque ela fechou! E eu ainda estava no mood de sassaricar. Entrar na balada também não é algo simples. Primeiro que é normal ser barrado na portaria, eu mesmo já fui algumas vezes. Eu moro em Gold Coast, uma cidade praiana, e o povo daqui anda praticamente pelado na rua: descalço, sem camisa ou de biquíni. Em qualquer lugar mesmo. Mas, não pode ir para a balada de bermuda! Tem que ir todo arrumadinho, nem mesmo de running sneakers.  Há lugares que exigem sapato social. Mas, por exemplo, em Sydney que é uma cidade civilizada (Gold Coast é terra de um bando de caipiras e jecas), eu fui a algumas baladas e tinha gente de chinelo de dedo! Havaianas! Por o povo daqui ser desencanado demais, as baladas exigem dresscode. Ah, essas sanções são apenas para homens, as mulheres vão vestidas como quiserem (e se quiserem).

Ok, você está vestido adequadamente, tem seu ID em inglês, agora só provar para o segurança que você não está bêbado! Sim, gente visualmente bêbada não entra nas baladas. Não tem conversa. E se o segurança não for com a sua cara e disser que você não entra, melhor nem argumentar. Vai para casa ou procure outra balada. Eu já entrei numa balada visualmente bêbado e sem passaporte. Não sei exatamente como isso aconteceu, mas aconteceu. Outra vez eu estava na fila da mesma balada, a SinCity, e um garotinho de uns 19 anos muito bêbado veio me pedir gentilmente para cortar minha fila. Ele teve a péssima ideia de querer me abraçar, sendo que ele estava suado. Odeio gente suada. Eu acenei para o segurança, nem precisava na verdade, o garoto não conseguia parar em pé. Coisa de 10 segundos, 3 policiais apareceram e tiraram o garoto da fila no tapa. Literalmente no tapa.

A regra de não entrar bêbado na balada é extensiva a não ficar visualmente (muito) bêbado na mesma. Quem me conhece sabe que sou do tipo televisão antiga na balada, não tenho controle. Ainda mais se saio mal intencionado de casa, ou seja, querendo ficar bêbado. Obviamente já fui expulso da balada por estar bêbado. Foi no mesmo dia que entrei sem passaporte. Eu estava transtornado, expulsei todas as biscates de uma espécie de queijo, que fica no meio da pista e no alto, onde elas vão lá de saia extremamente curta rebolar e mostrar a calcinha, pendurei-me naquele negócio, fiz umas danças bem vulgares/esquisitas e olha que demorou bastante, mas um segurança me pegou pelo braço, sem me dizer uma palavra sequer e me levou até a rua. Fui embora sorrindo e mandando beijos para a balada inteira. Não resisti à expulsão e nem quis entrar de novo, fui embora mandando áudios constrangedores para os meus amigos no Brasil.

Uma das razões de bebida ser cara e de difícil acesso na Austrália é que os australianos têm o hábito de ficarem violentos ao beberem. Os brasileiros e latinos em geral quando ficam bêbados são mais amorosos, querem fazer amor, dançar e etc. Já os australianos ficam violentos, querem brigar. Eu já vi algumas brigas, não é nada legal, em geral australianos são grandes e fortes, então briga entre eles é sinônimo de muito sangue. Eu mesmo tenho mais medo de apanhar na balada do que ser devorado por um tubarão em Byron Bay. Só deixando claro, normalmente aussies são extremamente amigáveis e gente boa, o problema é quando bebem.

Outra coisa que me desaponta são os drinks ou mixers. Por lei os bares não podem vender um drink com dose dupla, logo se você pede um mixer (destilado + soft drink) é basicamente muito gelo + um shot (sem chorinho e sem chance de pedir um duplo) + muito refrigerante. Para ficar alegrinho são necessários muitos drinks. Outra coisa que eu odeio é descobrir as opções e preços. Nunca vi um cardápio de bebida nenhuma balada na Austrália. Acabo sempre pedindo o que conheço. Fora que se você pergunta o preço de uma bebida nenhum bartender sabe, ele precisa consultar o sistema. Dia desses paguei 9 dólares numa Corona porque fiquei com vergonha de dizer que achava muito cara e preferia uma bebida mais barata.

Todos os bartenders ou quaisquer pessoas que manuseiam ou vendem álcool na Austrália precisa fazer um curso de responsabilidade sobre álcool. Eu mesmo tive que fazer, é até ligeiramente interessante. O estabelecimento que vende o álcool tem responsabilidade em quase todas as merdas que o consumidor fizer enquanto estiver bêbado. Outra coisa interessante é o staff das baladas. A SinCity, por exemplo, só tem barwomen e todas usam lingerie sensual. Tem lugares que tem topless barmen, ou seja, homens musculosos sem camiseta. Fora os showzinhos, o dj chama a mulherada e algumas sobem no palco por espontânea vontade para um concurso da garota mais hot da noite. Já vi alguns tetalelês. Muitas australianas bebem e devem sentir calor nos peitos e por isso bota pra fora. A pista de dança também é algo bem quente. Praticamente não se vê beijo na boca, mas twerk é algo tão comum como respirar. A mulherada rebola na cintura (estou tentando não ser muito enfático, mas vocês sabem que não estou me referindo exatamente à cintura) de qualquer estranho. Um dia fiz um teste, estava na pista e me enganchei na bunda de uma desconhecida. Dançamos uma música inteira e ela sequer olhou para trás para saber quem estava a encochando. Claro que esse comportamento é mais comum em baladas mais safadinhas, domingo fui a uma taverna e o povo dançava como se estivesse numa prece cósmica de malucos belezas. O povo se jogando no chão, algumas meninas de microssaia praticamente dando estrelinha na pista de dança. A ideia não é ser sensual, mas apenas se divertir.Outro dia eu estava em uma balada em Brisbane, começou a tocar uma música desconhecida para mim, uma espécie de country music, mas todos os aussies conheciam e vibraram. De repente, todos os garotos da pista arriaram as calças e até o final da música dançaram apenas de cuecas! Essas loucurinhas não são tão raras por aqui.

Com tudo isso citado, eu só posso dizer que sinto saudades das baladas brasileiras. Comprar duas doses de Absolut, rachar um Red Bull com um amigo, dançar em sintonia com a pista e dar uns beijinhos. Eu ainda não achei uma festa ou balada que eu pense “Puta que pariu, que que foda!”. Tenho esperanças que isso aconteça em Melbourne. 

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Conhecendo a Grande Barreira de Corais em Cairns

Quando embarquei para vir morar na Austrália eu tinha dois grandes objetivos em relação a conhecer lugares. Réveillon em Sydney (✓done) e nadar na Grande Barreira de Corais (✓done as well). A Austrália é muito além disso, mas esses eram meus desejos e não consegui sossegar até cumprir ambos.
Consegui uma promoção incrível de passagem aérea para Cairns e convidei uma amiga para viajar comigo. Obviamente apenas depois de comprar a passagem que fui pesquisar e descobrir que estamos na temporada das águas-vivas mortais e de chuva em Cairns. Para sorte minha e da Lorena fizeram dias lindos e só vi chuva à noite, já de pijaminha para dormir. 
Cairns é uma cidade pequena de 120 mil habitantes que basicamente vive em função da Great Barrier Reef e o turismo em torna dela. No centrinho basicamente só se encontra agências de tours vendendo os mesmos pacotes pelo mesmo preço. Eu já tinha o contato de uma agência e fui direta nela. A mulher conseguiu me convencer a não fazer scuba diving e comprar apenas snorkeling, o que até agora não sei se me arrependi ou não. 
Os pacotes de um dia de passeio no reef são à partir de 99 dólares. O valor vai subindo conforme a localização do reef, os passeios inclusos e o barco. Comprei um caro do barco Tusa Dive 66 e apenas snorkeling. Eu não sou bom nadador, tenho pavor de nadar onde não alcanço o chão com os pés. O oceano, como eu bem sabia, é mais fundo que a piscina de casa. Já em alto mar depois de mais de uma hora navegando o barco parou, recebi as instruções de como fazer snorkeling (inclusive fui avisado caso eu encontrasse tubarões eu não deveria me preocupar porque ele são “like a puppies”) e eu perguntei para o instrutor “Ok e quando vamos chegar à grande barreira de corais?”. Ele disse que já estávamos lá! Eu imaginava um mar azul clarinho e que do barco eu poderia ver grãos de areia no fundo do mar. Não era o caso, a água estava escura e não era possível ver nada. Eu insisti dizendo que eu me sentia na Praia Grande e não em Cairns, ele me respondeu que o dia estava nublado e por isso só era possível ver de dentro da água. Calcei meu pé de pato, avisei que se eu começasse a me debater na água que pelo amor de Deus me resgatassem imediatamente, peguei um macarrão que flutua por precaução e me joguei! Primeiramente eu não afundei! E sim, o instrutor estava coberto de razão, a água era imaculada, totalmente transparente e eu pude me maravilhar com um novo mundo. Centenas de peixes multicoloridos e de diversos formatos nadando a centímetros de mim e uma floresta de corais logo embaixo dos meus pés de pato. Era tudo tão incrível, eu não me afogando ou afundando, os peixes nadando ao meu redor, a beleza dos corais, que quando dei por mim eu estava muito longe do barco. Nesse momento a síndrome do pânico veio dar o ar da graça, mas uma criança de 8 anos me ajudou... Tive problemas com meu equipamento, comecei a beber água e dar uma pequena afogadinha. Quem me acudiu? Jason, a criança de 8 anos que nadava 50x melhor do que eu.
Foi um passeio de um dia inteiro e duas paradas de mergulho, eu particularmente preferi o primeiro e aproveitei melhor o segundo, quando estava mais confiante (sem macarrão flutuador) e aprendi a respirar melhor pela boca. Mesmo no início do passeio, em que eu estava usando uma polêmica camisa floral e laranjona com um chapéu de pirata, minha beleza acima da média fez eu receber olhares do tipo “te quero!” dentro do barco. O mar todo para nadar e não é que vieram nadar e se esfregar na minha pessoa? Sério, às vezes preferiria ser feio (brinks! Nunca!). Eu estava lá apenas para procurar o Nemo, dar um beijo na Dory e abraçar uma tartaruga bem linda. Dory eu vi aos montes, já o famoso peixe-palhaço eu não vi exatamente o Nemo, mas um mais escurinho, não era tão laranja, igual minha camisa. Já tartaruga... Tive que me contentar em abraçar meu travesseiro mais tarde. Não vi uma sequer! 
Não vou dizer que o passeio foi perfeito, pois eu me arrependi em não ter contratado o scuba diving. Não que quem fez scuba viu muito mais coisas do que eu, queria mesmo era pela experiência de fazer scuba. Contudo, não tenho certeza se eu conseguiria mergulhar, eu tenho medo que dê merda. Falando em merda, eu estava observando três peixões quando decidi fazer carinho em um, ao me aproximar um dos peixes fez coco! Um montão, era muito líquido com pedaços sólidos da cor marrom saindo de dentro dele. Achei nojento e nadei para longe. Também fui perseguido por uma criatura de menos de 2cm, não sei especificar que tipo de criatura, só sei que fiquei apavorado. 
É altamente aconselhável não nadar nas praias de Cairns por dois grandes motivos: crocodilos de água salgada e água-viva mortal. Por isso, na cidade tem uma gigantesca piscina pública de água salgada e o calçadão beira-mar é na verdade um deck, para proteger os pedestres de possíveis ataques de crocodilos. A piscina é ótima! Super recomendo. 
Outro passeio bacana é ir para Port Douglas, uma cidade a 70km de Cairns. Aluguei um carro e a viagem até Port Douglas por si só já é um tremendo passeio. A famosa Captain Cook Highway é uma linda rodovia, de um lado a rainforest e do outro praias. Paramos em algumas, uma delas estava totalmente deserta. A coisa mais linda, água cristalina, chão coberto por pedrinhas e muita paz. A água estava perfeita, quase abortamos a ideia de ir para Port Douglas. 
Port Douglas nem é tudo isso, tivemos que nadar dentro de um cercadinho de rede que impede a entrada de água-viva e crocodilos. Almoçamos em um train sushi e pegamos estrada para explorar a rainforest. Chegamos em Mossman Gorge e sabíamos que ali havia um rio bem bonito. Achado o rio nos jogamos nele, descobrimos na prática que a correnteza era bem forte. Ela nos levou longe. Minha amiga que se dizia ótima nadadora foi salva por euzinho, que nem sei nadar direito. Ela, que não tem limites na água, queria porque queria descer de bunda de uma mini cachoeira, tipo tobogã. Observei o povo fazer isso, eram todos homens destemidos e bons nadadores. Aquela aventura não era para mim. Eis que um Pokémon (apelido carinhoso que chamo os asiáticos gordinhos, engraçados e com cara de virgem) estava se preparando para descer. Ele desceu e foi um sucesso. Embora, pensei, os Pokémons podem flutuar e são macios, logo são imunes a essas aventuras. Em seguida uma asiática amedrontada também fez a mesma loucura. Lorena, minha amiga, praticamente me obrigou a descer com ela. Só topei se fosse de mãos dadas. Depois de 5 minutos criando coragem e uma plateia se formando eu falei “Lore, segura. Nós vamos morrer!”. Aquele vídeo da Leila Lopes descreve tudo. Tudo girou, girou, nada mais vi, nada mais me lembro. Quando dei por mim eu já estava lá embaixo e VIVO! Eu nunca fiz uma loucura dessa no Brasil, por aqui na Austrália eu tive a péssima ideia de topar essa loucura? Não contente com o milagre da vida eu topei fazer de novo e desta vez sozinho. Não tive a mesma sorte, eu machuquei minha canela na descida da cachoeira, caí no fundo do rio, eu me afoguei, me debati, não consegui subir para a superfície, coloquei a cabeça para a fora, mas ainda estava morrendo e as pessoas estavam todas olhando, o Pokémon inclusive estava a 3 metros de mim e não moveu a bunda para me ajudar! Quando me agarrei numa pedra uma japonesa, outra desgramada que só viu minha desgraça, deu três tapinhas nas minhas costas “Are you ok?”; Eu estaria melhor se alguém se tivesse me ajudado... Aquele lugar já tinha dado para mim, mas a Lorena queria tirar fotos antes de ir embora. Lá fui eu de novo entrar no rio. Combinei que subiria numa pedra no meio do rio e lá faria poses sensuais/vulgares. Não sei por que tive essa péssima ideia. A pedra era pequena, julguei que seria fácil subir nela. Eu dei um vexame em público. O que me afoguei para subir naquela maldita pedra é impossível descrever. Duas fortes correntezas passavam por cada lado da pedra. Quando eu agarrei a danada não quis mais soltá-la (não sou trouxa!), porém não tinha força para subir nela. Eu vi as fotos depois, todo mundo estava me olhando com cara de pena!!! Pior quando uma senhora de quase 60 anos foi até mim e disse “pode se soltar, a correnteza não vai te levar embora, meus netinhos estão brincando logo ali, podem te segurar.” Depois de muito custo subi na maldita pedra, nessa altura todo mundo estava me olhando, preferi abortar a ideia das poses sensuais. Minha amiga depois de se mijar de tanto rir tentou subir na mesma pedra e não conseguiu! Não era fácil! (apesar dos netos da senhora subirem e descerem a todo o momento).
Era 3 e tanto da tarde, a gente ainda queria pegar um barquinho no rio Daintree que é infestado de crocodilos gigantes, os mesmos que fogem para o mar. Chegamos 5 minutos depois que o último barco partia. Eu praticamente deixei uma lágrima escorrer de tanta decepção. Continuamos a dirigir em direção a Cape Tribulation e encontramos uma nova entrada para o rio. Lá ainda tinha um barco para partir. O dono era tipo o Crocodile Dundee, um australiano bem caipirão, roupa de explorador, sotaque fortíssimo e super gente fina. Ele explicou que naquele momento possivelmente não iríamos ver crocodilo, eles não gostam das águas do verão. Desta vez a decepção foi menor. Para quem quiser ver crocodilo a rodo pelos rios da rainforest o Dundee aconselha ir entre junho e agosto. 
Outra coisa interessante a fazer é abrir o Tinder na cidade! Eu recebi alguns convites hilários, o melhor foi “dodging crocodiles”. Pensei, que porra é essa? Dicionário diz que dogde é esquivar ou coisa parecida. Perguntei o que era exatamente isso e eis a resposta: “Means trying not be eaten by crocodiles while we hunt mud crabs.” Pior que ainda quis me convencer que era seguro, que os pais e a irmãzinha de 10 anos iam juntos. E pra dizer bem a verdade só não topei porque o passeio seria no sábado e vim embora na quinta-feira! hahaha
Resumindo, quem vier para a Austrália aconselho passar 3 dias em Cairns. Não conheço uma pessoa que tenha se arrependido.