domingo, 17 de janeiro de 2010

Leandro Vitor, profissional de marketing

Desde muito cedo eu queria ser jornalista. Não sei ao certo o que queria com o Jornalismo, se era trabalhar na televisão (velho sonho meu), se era informar a população ou então posar como intelectual.
Fui alimentando esse sonho e fazendo dele meu objetivo maior na vida. Quem me conheceu entre meus 12 anos até meus 20 e 21 e pouco, certamente sabia dessa minha vontade, eu a estampava na cara e todos diziam que eu faria uma grande carreira. Só que a vivência e o amadurecimento foi aparecendo, eu percebi que não levava tanto jeito para a coisa. Com o passar dos meses, eu estudando Jornalismo na faculdade, sentia-me mais pressionado e incompatível com a carreira de jornalismo. Daí bateu o desespero, se eu não for jornalista, o que serei?

Eis que no primeiro semestre de 2009 tive uma matéria na faculdade chamada Marketing em Comunicação, com o professor Cadu e de repente, o mundo descortinou perante mim. Eu me encontrei totalmente e comecei a ter um imenso prazer em estudar Marketing. Em um ano estudando eu tenho mais livros da área do que livros de jornalismo que estudo há três anos e meio.
O Marketing para mim é tão lógico e ao mesmo tempo interessante e desafiador, que não me vejo trabalhando em outra profissão. Fico bastante feliz que aos 22 anos de idade eu já sei muito bem o que quero e agora não ouço mais os outros dizendo que terei uma grande carreira, afinal de contas a maioria ainda me vê como um jornalista, agora eu tenho certeza que terei uma grande carreira em Marketing. E estou construindo pouco a pouco desde o ano passado quando entrei na Amberg Filmes.

Este post não é nenhuma autoafirmação, pois como explicitei, sei bem o quero e faço por onde, este post é apenas um comunicado aos que ainda me veem como jornalista.
E quem quiser ler meu blog de marketing, fica aqui o convite para conhecerem meu Marketing de Atendimento onde eu avalio o atendimento das empresas, faço críticas e sugestões e etc.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Veja, o descompromisso com o Jornalismo

Abaixo está o e-mail que acabo de enviar para o veja@abril.com.br
Nele mostro o motivo pelo qual não vou mais renovar minha assinatura da Revista Veja.


Aqui em casa somos assinantes da revista Veja. Eu por ser estudante de Jornalismo acho mais do que necessário ser assinante da principal revista informativa do país e claro, de um jornal de qualidade.
Todavia, ando muito insatisfeito com a postura editorial antiética da mais importante revista do Brasil. Há anos que vocês da Veja já escandalizaram em que time jogam e calcam toda a política editorial em cima disso. Falo principalmente em ordem política, contudo há resquícios em todas as áreas da revista, como vocês bem sabem disso.

Eu estava relevando tudo, lendo com um espírito crítico muito maior, com minhas antenas ligadas para não ser contaminado com opiniões nada disfarçadas, mas cheguei ao meu limite ao abrir as últimas edições e encontrar um assombro, excesso de ironias.
Por favor Veja, não confundam Jornalismo com J maiúsculo com caderno de piadas. Se eu quiser ler isso eu compro relíquias do O Pasquim ou então a Bundas. Se sou assinante da Veja quero saber o que está de fato acontecendo no mundo em que vivo.
Hoje a degradação do Jornalismo chama-se Veja.

Em fevereiro vence minha assinatura, não trabalho com a remota hipótese de renová-la. Tenho mais o que fazer, ou melhor, tenho leituras de melhor qualidade para fazer. Infelizmente o retrato do Brasil é péssimo, mas está a altura do seu retratista principal, a Veja.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A questão do transporte público em São Paulo.

São Paulo é conhecida nacionalmente como a cidade dos congestionamentos sem fim. Uma fama bastante justa. Inclusive essa característica ultrapassou aquela da "terra da garoa", "lugar onde se ganha a vida" e entre outras muitas.
A população paulistana está acima dos 11 milhões de moradores e a quantidade de carros ultrapassou os 5 milhões faz tempo. Como foi bastante divulgado nos noticiários, no ano de 2009 as montadoras de automóveis bateram recordes de venda e grande parte desses novos carros vieram para a engasgada malha viária de São Paulo.

Os números não mentem, não há mais lugar para carros na cidade, logo mais teremos que optar por nós ou por eles. A solução para esse problema todos já sabem e inclusive as propagandas pagas e caras dos governantes reverberam em todo canto: "Vamos construir metrô!", "vamos fazer corredor de ônibus" e principalmente, "vamos deixar os carros na garagem e utilizar o transporte público!".
Todavia, os fatos não correspondem ao discurso. Alguém me diz, é possível utilizar o transporte público na cidade de São Paulo e arredores com o mínimo de conforto? Impossível! Chega ser impraticável utilizar o transporte público com o mínimo de dignidade. Pagar uma tarifa super cara para ser espremido entre tantos outros cidadãos é humilhação pública.

Desde o dia 04 de janeiro deste ano a tarifa do ônibus na cidade de São Paulo aumentou de R$2,40 para R$2,70. Uma tática cafajeste do sem caráter Gilberto Kassab, atual prefeito de São Paulo. Digo tática porque esse político do DEM durante a eleição que ele venceu em 2008 prometeu não aumentar a tarifa do ônibus no ano seguinte. Dito e feito, ele não aumentou, porém, no primeiro dia útil do ano seguinte - 2010 - ele aumentou a tarifa acima da inflação acumulada.

A reportagem de Guilherme Balza do site Uol Notícias fez uma conta de quanto o paulistano gasta usando duas tarifas de ônibus diária por mês. O valor fica em R$162,00, o que representa 31,7% do salário mínimo. Caso utilize a integração com o metrô, que fica em R$4,00 reais a tarifa, o valor sobe para R$240,00 ou 47% de um salário mínimo.
Só posso fazer um comentário. É absurdamente revoltante. Qual incentivo que o Governo dá para que os paulistanos deixem seus automóveis na garagem e utilizem o transporte público? Eu que não pensava em comprar um carro tão cedo já estou mudando de ideia e fazendo planos em adquirir em um futuro breve um automóvel. Ainda assim é um pouco mais caro manter um carro, mas prefiro estar dentro de um parado no trânsito a ser machucado dentro de um metrô ou ônibus e pagar caro por isso.

Eu até acharia justo pagar esse valor que é cobrado hoje caso eu viesse sentado ou então em pé sem ninguém encostado em mim. Mas pagar R$2,70 e ser quase esfolado vivo dentro de um coletivo é o cúmulo e deveria ser resolvido na justiça.

Existe no Brasil um movimento social chamado Movimento do Passe Livre (MPL) que luta por um transporte público mais digno, honesto e barato. Eles defendem a migração do transporte público do setor privado para o público. A minha opinião é totalmente igual. O transporte, ainda mais em uma cidade como São Paulo, não pode ser utilizado para o lucro exarcebado de alguns empresários do setor, pois é uma área estratégica e de importância social inestimável. Eu tenho algumas ideias que eu ofereço aos vereadores ou políticos para um transporte mais justo e digno para a cidade.

Deixando o sistema de transportes do modo que está é mais do que necessário que a Prefeitura e o Governo do Estado façam o subsídio da tarifa, deixando-a abaixo de 2 reais. Desse modo preservaria os atuais alicerces do transporte e também os contratos. Se foi privatizado o setor de transporte público, o usuário não pode ficar refém dos valores que os empresários exigem.

Outra saída é seguir a lógica do MPL e incorporar o transporte público sob a direção do Estado e claro, o mesmo não usá-lo como máquina de fazer dinheiro, apenas cobrar para não ter prejuízos. Se, por exemplo, hoje o gasto médio fosse R$1,50, então esse seria o valor cobrado. E como alternativa, o Governo poderia liberar que os atuais empresários do setor explorassem um transporte público alternativo, isto é, linhas de ônibus mais confortáveis e com tarifa liberada. Já existe o tal do ônibus fretado que a prefeitura está combatendo (outra medida cretina do Kassab, pois quem utiliza o fretado é porque não quer usar o transporte público e prefere deixar o carro em casa), mas esse transporte público alternativo seria linhas de ônibus iguais às convencionais, porém com valor diferenciado e claro, maior conforto.
Precisamos ser realistas, uma pessoa com uma condição social favorecida não vai querer dividir um mesmo coletivo com um desfavorecido. Muitos utilizam o carro não porque preferem dirigir, mas por status mesmo. Nossa sociedade desde 1500 está calcada nessa diferenciação hierárquica e não vai mudar tão cedo.

Enquanto ninguém implanta um sistema de transporte público eficiente e digno, vamos cobrando carros e colocando na rua ao mesmo tempo, até a cidade finalmente parar de vez.
E preparem o bolso queridos paulistanos, muito em breve a tarifa do Metrô e CPTM aumentarão e podem ter certeza que ultrapassará o valor do ônibus.