Eu fiquei bastante feliz, pois afinal de contas ele encontrou meu texto em meu blog, sim este aqui mulambento que deixo de postar por períodos longos. O texto eu escrevi durante as eleições municipais de 2006 em que eu critiquei o horário eleitoral e a artificialidade dos debates políticos.
Abaixo vocês podem conferir o editorial do jornal e em itálico meu texto que foi usado na íntegra (ou se preferir, no final do post tem o texto como foi publicado no jornal, porém eu só consegui a imagem após a publicação deste post):
Os debates
O blogueiro paulista Leandro Vitor, estudante de comunicação e que segundo consta no seu site trabalho com marketing em uma grande instituição financeira, ainda na campanha eleitoral de 2008 produziu um pequeno texto de grande valor. Jovem, Vitor não tem a experiência das “velhas raposas” da política, nem ainda é um “doutor” em comunicação e marketing. Porém, no texto que segue dá aulas de como o (e)leitor precisa ter uma consciência crítica e não “engolir” tudo o que lhe oferecem sem digerir antes.
E apesar do texto estar se referindo a campanha de 2008, parece ser um resgate de 2006, 2004 ou 2002, ou ainda, ter sido escrito para 2010 ou já projetar 2012. E, de fato, a não ser por alguns efeitos gráficos, nova posição para as luzes e arranjos diferenciado nos jingles, os programas eleitorais, nos dois primeiros dias de exibição, não trazem absolutamente nada de novo, como já analisado aqui ontem. Atente para o diz o estudante.
“Não sei se isso acontece apenas comigo, mas em todos os debates políticos televisivos eu rio deliberadamente. O cinismo em alguns casos é extremo. Se pergunta algo e responde o que bem entender, se acusa de algo e o político se faz de vítima. Os candidatos decoram números que seus assessores reuniram e soltam como se realmente tivessem conhecimento do que dizem, como se pudesse resumir política em números, muitas vezes, duvidosos.
Os eleitores devem priorizar esses debates na hora de escolher seu candidato e não as chamadas do horário político. Esse segundo é tudo feito por marqueiteiros especializados que criam jingles grudentos, mostram cenas de comoção e fazem todo um marketing em torno do candidato, fazem o eleitor acreditar que ele é demais e na verdade, nesses comerciais e programas partidários, ele é apenas um boneco, um modelo, que faz o que pedem.
Nos debates eles são altamente instruídos, decoram frases de impacto, mas na hora do ‘vamos ver’, em alguns momentos a máscara cai e o candidato está ali nu, ele mesmo com suas idéias e, principalmente, argumentos. É exatamente nessas horas que eu rio, quando o candidato se mostra quem é.” E tinha (ou tem) ou não razão?
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Eu gostei bastante da introdução do jornalista e, como disse, fiquei honrado com a visibilidade. Porém, fiquei chateado por dois motivos com o jornal Gazeta do Paraná. Primeiro, eu NOTIFICADO que meu texto seria usado, em momento algum foi pedido. Tanto que recebi o e-mail em um dia à noite e no dia seguinte ele foi publicado. Meus textos aqui do blog eu permito usarem, desde que me dêem os créditos, como foi feito, mas é sempre mais educado pedirem.
Outra chateação minha foi o descaso. Eu pedi como retribuição apenas um print screen da página para eu guardar como recordação e postar aqui no meu blog. Foi publicado no dia 19/08 o meu texto e até hoje esperei por um retorno deles. Não fui atendido, achei uma atitude grosseira e antiética do jornal. Eu não confiaria à Gazeta do Paraná como minha fonte de informação, pois com predicados como estes, não deve ser lá um jornal de credibilidade.
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Após o post acima eu recebi um comentário do Jornal do Paraná, um tweet no Twitter e um e-mail com o arquivo que reivindiquei no texto. Não irei mudar o que escrevi, porém vou completá-lo com o arquivo que vocês poderão ler na íntegra agora. ( clique na imagem e com a lupa dê um zoom, isso no próprio navegador, ou então entre neste link do meu Tumblr )