Estou agora em Paraisópolis, é minha quinta à favela. Estou numa viela, com o Carlos, meu amigo de faculdade, o Tiago e o Dú, meus novos amigos da comunidade. Estamos sentados no que seria a calçada, bebendo cerveja e comendo amendoim, ao nosso lado, na rua mesmo, está um dj com imensas e potentes caixas de som ensaiando com um rapper local. Um grupo de moradores vizinhos estão todos nas portas de suas casas, conversando, cantando e dançando ao som da batida do dj e dos versos do rapper. Um senhor de muleta está dançando freneticamente com uma perna só, é de longe a pessoa mais empolgada e feliz entre as dezenas ao redor. A cena é linda, chego a estar emocionado. Vim para cá produzir um radiodocumentário sobre habitação e me vejo numa realidade muito distante da minha.
Por um lado existe a pobreza, por outro, muito mais visível, a cooperação entre as pessoas. Encontrei aqui a esperança da humanidade em saber conviver com o próximo, vi aqui o exercício prático da tolerância e respeito ao próximo.
Estou vivendo uma grande experiência de vida. Sem demagogia, sou outro Leandro.
18/04/2009 16h28
domingo, 19 de abril de 2009
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3 comentários:
Oi,Leandro
Posso imaginar....a gente costuma encarar o mundo somente do lado em que passamos a maior parte de nossa vida...Deve ter sido uma grande experiência!Parabéns por ter sabido aproveitá-la!!
abraço
Vale e muito a experiência de vida.
O amadurecimento.
Ótima semana, Leandro.
Ah sim.....boa a piadinha que contou no Calcinhas.
Beijão !
Na Caros Amigos do mês passado saiu uma matéria sobre a presença da polícia em Paraisópolis. Dá pra imaginar...
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