quarta-feira, 19 de março de 2008

A candidata espontânea

Uma sabatina geralmente é repleta de cumprimentos de protocolos, cujos são formais e previamente calculados. Não foi isso que eu e dezenas de outros estudantes de Jornalismo presenciamos na entrevista da vereadora e pré-candidata à prefeitura da cidade de São Paulo concedeu à TV Mackenzie.Para o desabamento geral das mandíbulas que esperavam a chegada de Soninha no auditório do prédio Referendo Wilson na Universidade Mackenzie, ela chegou irreconhecível. Vestida de roupas largas de couro, estas por sua vez totalmente molhadas, com um capacete em mãos e um sorriso estampado no rosto. Pediu licença para se trocar ali mesmo, às vistas de todos os atônitos olhares, abaixou as calças de couro preto e logo foi se desculpando e dizendo que além do trânsito caótico e da chuva, ela ainda errou o prédio, pior, entrou no prédio vizinho, subiu até o andar certo do prédio errado e só assim percebeu a confusão.

A espontaneidade de Soninha foi a principal protagonista da tarde, era engraçado ver o entrevistador pedir que a platéia fizesse duas perguntas e logo após a vereadora respondesse as questões uma atrás da outra. A estratégia não foi atendida nenhuma vez, não por má vontade de Soninha, mas as perguntas exigiam resposta imediata. Infeliz foi a idéia do apresentador, pois a resposta de uma boa pergunta deve ser dada no momento que se termine a primeira, se não ela perde todo seu efeito. Soninha mesmo não querendo foi correta.Onde já se viu dizer FODA-SE em uma sabatina política? Ao menos no auditório do décimo primeiro andar se viu. Soninha falou a expressão mais explicativa para o momento. Por que não usar palavrões em momentos que requerem eles? Puro conservadorismo hipócrita. Ela de conservadora barata e hipócrita não tem nada. E por que diabos Soninha não pôde beber água no gargalo da garrifinha de água durante uma resposta? Para fica bonito na telinha da Tv Mackenzie? Francamente ela não parecia nenhum pouco preocupada com a pose diante às câmeras, quem não gostou desse podamento foi eu. Sou avesso às boas maneiras inúteis. Coitada da Soninha, depois disso nem bebeu mais água...Poucos perceberam, todavia, eu vi uma coçadinha no sutiã. Provavelmente nem ela mesma se deu conta disso, como eu estava esperto para as suas atitudes, eu captei a cena. Algumas parlamentares fazem danças esquizofrênicas para comemorarem uma “pizza” de uma CPI de interesse público, isso sim é desprezível. Ajustar o sutiã que incomoda é natural da mulher, portanto, se fosse o caso ela poderia coçar e ajustar o sutiã o quanto fosse necessário.

Soninha tem, o que a maioria dos políticos não têm, autenticidade!Com respaldo e opinião fundamentada ela me conquistou, pois não adianta nada uma prefeita, ou qualquer que seja o cargo, com abundância de espontaneidade e autenticidade, e não tiver o mínimo de cultura política, de propostas viáveis e um comprometimento com a população.

Aos que desejarem conferir a entrevista (altamente recomendado para todos os paulistanos) bastam ficar sintonizados no Canal Universitário.

2 comentários:

Anônimo disse...

Vi seu comentário no blog da soninha justamente sobre esse post... Ela é o máximo, né?
Não pude ir no dia da sabatina dela (to no 5o semestre tb, lá no Mack), mas disseram q ela é super simples mesmo!!!

Anderson disse...

E ainda estudava no Mackenzie nessa época e nem fiquei sabendo dessa entrevista. Que pena!