terça-feira, 12 de maio de 2009

documentário como forma de entretenimento

Hoje eu assisti em uma sessão fechada promovida pela Rede Brazucah, uma agência de comunicação que promove o cinema nacional, ao filme Simonal - ninguém sabe o duro que dei.
O filme é um documentário sobre o Wilson Simonal, que assistindo ao filme eu descobri que foi um dos maiores cantores brasileiros de todos os tempos.
O documentário foi feito por Cláudio Manoel (sim, um dos Cassetas), Micael Langer e Calvito Leal. Diga-se de passagem um documentário muito bem dirigido e sem grandes inovações quanto a sua estrutura.
Após a sessão recebi um questionário para eu registrar minha opinião sobre o filme, se ele interessaria aos meus amigos universitários e quais formas seriam interessantes para promovê-lo. Falarei aqui detalhadamente o que escrevi no questionário, pois assim concluo meu texto do blog.
Eu gostei muito do filme. Confesso que estava sem grandes expectativas e até sem saco para assistir um documentário sobre Wilson Simonal. Porém, rapidamente o documentário me conquistou e mesmo com a duração bem longa, eu não desanimei. Com certeza os pontos fortes do filme são as aparições da estrela retratada. Eu mal sabia quem era Wilson Simonal, certamente a maioria das pessoas da minha geração tem uma ligeira ideia de quem ele foi. Descobri no filme um artista ímpar, de talento inquestionável, uma verdadeira preciosidade da cultura brasileira. Não chegou a ser um exemplo a ser seguido, no máximo uma esperança a não ser perdida. Quero que vocês descubram quando assistirem ao filme.
A segunda questão é sobre se meus amigos de faculdade teriam interesse em assistir ao filme. Óbvio que não! Tenho duas justificativas: ninguém conhece Wilson Simonal, pudera, ele foi um dos maiores exemplo de ostracismo, além disso, brasileiro não está acostumado a assistir documentário, ainda mais documentários nacionais. Brasileiro, de modo geral, vai ao cinema apenas por entretenimento e acaba relacionando o gênero documentário a algo chato e até um pouco educativo. Simonal - ninguém sabe o duro que dei é com certeza uma ótima opção de entretenimento de qualidade, onde o expectador obterá enriquecimento cultural, ainda mais quem não viveu na década de 60 e 70. É um filme cultural, político e musical. Puro deleite.
Antes de convencer os jovens em assistir um documentário sobre Wilson Simonal, é necessário apresentar o cantor. Dizer que é ele quem cantava "meu limão, meu limoeiro", entre outros sucessos. Ainda é necessário desqualificar a ideia que documentários são chatos e sempre educativos. Apresentando o cantor e desmitificando o conceito trivial de documentário, o filme pode ser introduzido no meio jovem.
No final do questionário eu sugeri algumas ações de marketing em cima do público jovem. Como já disse, um dos maiores sucessos de Simonal é a música do limoeiro. Essa música tem um grande apelo junto ao público jovem, quem nunca ouviu ou se divertiu com esse refrão tão engraçadinho? Imagine um negão vestido de Wilson Simonal dublando a música do limoeiro na saída de uma faculdade e algumas pessoas distribuindo panfletos sobre o filme? Certamente muitos universitários teriam a curiosidade cutucada com essa intervenção




Sexta-feira próxima vai estrear o filme. Não deixem de assistir, eu recomendo. Vocês sairão do cinema com o mesmo desejo que tive, baixar todas as músicas desse mestre.


3 comentários:

Bruna Almeida disse...

Nossa Le muito bom o documentário mesmo! E, de fato, não fazia muita ideia de qm era Wilson Simonal e nem teria procurado saber nem ia assistir ao filme. Mas agora realmente me interessou! POde-se considerar um bom marketeiro! auhauhau :P
Parabéns Le. E obrigada pela dica!

Impasse Livre disse...

muito bom documentário e o simonal será que foi ou não foi? duvidas no ar!mas erá péssimo cantor!

Nando Carvalho disse...

Belo documentário. Recomendo! Se ele tivesse a metade da bilheteria de filminhos como "Harry Poter", "X-Mem ou "Crepúsculo" a população sairia do cinema com um pouquinho mais de cultura musical.