terça-feira, 25 de novembro de 2008

Hsbc previdência - comercial

Estou em uma semana de muitas provas e sem tempo para escrever algo bacana para vocês. Para que meu blog não fique sem atualização até semana que vem, vou postar um vídeo que achei muito bonito. Na verdade minha intenção era outra. Seria postar este vídeo que é uma propaganda do banco HSBC e um da Hi Happy, que é a mesma coisa, velhinhos brincando e comportando-se como criancinhas. Infelizmente o da Hi Happy eu não achei, mas do HSBC aqui está. O que queria frisar com a comparação dos vídeos, é como a mesma idéia pode ser feita de formas diferentes e resultados igualmente diferentes. O vídeo que estou postando é lindo, já o que não achei (coincidência?) é extremamente bobo e sem graça.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

post sobre Deus

Eu por um bom tempo tirei um período para refletir sobre Deus, divindades, em que acreditar e todas aquelas interrogações que todo ser humano em algum momento na vida pára e pensa.
Não lembro bem por que, mas eu deixei de acreditar em Deus ano passado ou retrasado. Deixei minha antiga religião, católica apostólica romana, deixei boa parte das crenças de berço e fui descobrir o mundo empiricamente.
Em um dado momento eu senti a falta de acreditar em algo maior do que a pura lógica humana e aos poucos fui cedendo aqui e acolá, mas sempre com pé atrás e com interrogações não esquecidas pela comodidade do esquecimento.
Este ano eu tive uma visita muito especial, minha melhor amiga, a Anahe, quem para mim é um exemplo, mesmo dentro dos erros que ela comete. Ela me fez enxergar, não que ela por algum segundo teve essa intenção, que precisamos realmente acreditar em algo. Não importa qual a religião, a crença ou o credo, importante é que o homem tenha uma vida espiritual sadia. Não existe civilização totalmente atéia, será isso alguma coincidência?
A Anahe me ensinou a entrar em uma igreja e rezar, agradecer, conversar com Deus, com meu Deus. Não importa se você não é católico, importa que dentro de uma igreja você esteja em silêncio e poderá se concentrar com seu todo poderoso.
Eu adotei esse costume e sempre que posso vou a uma igreja, sento, converso com Deus, agradeço e peço o que desejo. Não digo que minha vida deu uma reviravolta, apenas está nos trilhos. Eu me sinto bem fazendo isso, é um momento só meu. Também peguei o costume de rezar antes de dormir, não a reza convencional dos católicos, mas o mesmo papo informal que tenho na igreja com meu Deus.

Todavia, eu ainda não tinha entrado em consentimento interno quanto a existência de Deus. Nenhum argumento eu tinha enxergado por mim mesmo, até a noite do último sábado. Eu estava no Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeiro com um grupo de pessoas e ao redor de uma fogueira com um violeiro cantando modas caipiras. Entre uma música e outra, um céu negro e estrelado, eu me peguei pensando em Deus e na nossa existência. Eu conclui que o planeta é perfeito, a vida é perfeita, tudo que não pensa é perfeito, isso só pode ser obra de alguém perfeito e esse alguém só pode ser Deus. Onde há estragos, maldade ou injustiça, pode ter certeza, têm dedo e intenções humanas. Afirmo aqui que a humanidade, com toda sua ganância e egoísmo, é o demônio da Terra. Deus é tão perfeito que nos deu liberdade para tudo, até para sermos maus e independentes dele.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Hipermidia e Hipertexto

Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual agrega-se outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda a informações que estendem ou complementam o texto principal.

Hipermidia é o conjunto de meios que permite acesso simultâneo a textos, imagens e sons de modo interativo e não linear, possibilitando fazer links entre elementos de mídia, controlar a própria navegação e, até, extrair textos, imagens e sons cuja seqüência constituirá uma versão pessoal desenvolvida pelo usuário.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Brasil caipira

Este texto é em homenagem a minha avó Aparecida Maria dos Reis, uma senhora caipira!

O adjetivo "caipira" é geralmente empregado de forma jocosa por uma grande parcela da população. Ser caipira muitas vezes é ser confundido como tolo, sem jeito, inocente, inadequado ou simplesmente sem cultura ou pouco inteligente. O antropólogo brasileiro, Darcy Ribeiro, escreveu em seu fantástico livro "O Povo Brasileiro" a formação dessa etnia e entre outras. Vou aqui compartilhar um pouco do conhecimento do Darcy sobre os caipiras, que são os verdadeiros camponeses brasileiros.

Nos primeiros anos de Brasil, a zona rica era o Nordeste onde havia os engenhos de açúcar e a periferia era o Sudeste. Em São Paulo falava-se até um linguajar particular, a Língua Geral, que nada mais era do que a mistura do português com a variante do idioma dos índios. Não por acaso que, principalmente, no estado de São Paulo há vários nomes indígenas para regiões, como por exemplo, Anhangabaú (que significa "rio dos malefícios do diabo"), Jaú (que significa "peixe guloso"), Moema (que significa "mentira"), Jaçanã (que significa "ave que tem patas em forma de nadadeiras") e assim por diante.
Na região Sudeste, mais precisamente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e norte do Paraná, eram uma região muito pobre e as pessoas viviam de forma muito precária, parecido com o modo de vida dos índios da região. Esses antigos moradores foram integrados à sociedade paulista, o que era inédito, pois até antes índio vivia entre os índios e os portugueses entre os portugueses, não havia uma mestiçagem de culturas, porém, em São Paulo isso começou a mudar. Prova disso é a Língua Geral.
Os índios foram incorporados para serem combatentes em batalhas, já que o povo paulista era muito batalhador, como não havia engenhos, eles tinham que conquistar riquezas de outras maneiras, uma delas era com a guerra e nós sabemos, guerra dá lucro. Como a população feminina portuguesa era míngua, foi bastante comum o cruzamento entre portugueses e as índias, o que originaram os mamelucos e esses posteriormente os caipiras, que nada mais é, que a mistura entre o português e o índio muitas gerações depois.

São Paulo surgiu com uma configuração histórico-cultural de povo novo, plasmada pelo cruzamento de gente de matrizes raciais díspares e pela integração de seus patrimônios culturais sob a regência do dominador. Mesmo assim, esses mamelucos viraram-se contra os índios e tornaram-se o grande terror do povo indígena, caçando-os e vendendo-os como mercadorias para os engenhos de açúcar nordestinos, isso muito antes de qualquer negro chegar ao Brasil. E foi assim que os bandeirantes apareceram na história brasileira. Estima-se que cerca de 300 mil índios foram arrancados de suas aldeias subsistentes para serem vendidos aos senhores de engenho no Nordeste. E essa caça era feita com muita violência, tanto que um dos maiores bandeirantes foi o Anhanguera, que significa em tupi-guarani "diabo velho".

A região Sudeste permaneceu pobre até a descoberta de ouro e de diamantes, principalmente em Minas. Com isso a região ficou super valorizada e uma migração em massa aconteceu na região com pessoas vindas do país todo e de Portugal, consequentemente a região transformou-se na área mais densamente povoada das Américas, isso por volta de 1750. Todos estavam em busca das riquezas de mineração. Isso trouxe grandes mudanças para o Brasil, como a transferência da capital colonial de Salvador para o Rio de Janeiro (lembrando que era um local paupérrimo), ocupação da região sulina conquistada pelos paulistas e expansão do pastoreio nordestino, além do declínio da força nordestina. As Minas Gerais ficaram riquíssimas, tanto que as cidades históricas mineiras são até hoje exemplo de luxo e poder da época. O estado viveu longos anos de uberdade e uma população mais culta viveu no local que já tinha uma ampla rede urbana. Vestiam-se conforme a moda européia, faziam arquitetura e pintura da mais alta qualidade, criando o barroco brasileiro, leitura lírica e até política libertária!

Com a decadência do ouro, toda a área submerge numa economia de pobreza, com a regressão cultural resultantes. Antigos mineradores e negociantes se transformam em fazendeiros; artesãos e empregados se fazem posseiros; citadinos ruralizados espalham-se pelos matos, fazem-se roceiros de lavouras de subsistência, criadores de gado, cavalos, burros e porcos.
Com isso nasce a cultura brasileira rústica, que se fala a língua portuguesa com influência indígena. Toda aquela região anteriormente citada torna-se um local de cultura caipira, ocupada por uma população totalmente dispersa e desarticulada. A vida rural caipira o condiciona a um horizonte culturalmente limitado de aspirações, que faz parecer desambicioso e imprevidente.

O caipira virou símbolo daquele estereótipo de um brasileiro que cria e planta o que vai comer e da sua sobra vende ou troca por outras mercadorias com outros caipiras da sua região. Ele não cresceu com a sociedade capitalista, ele preservou sua cultura e princípios compadrios. Eram donos de pequenas propriedades e nunca muito distantes de outros moradores, foi assim que muitas vilas apareceram. Porque mesmo eles de certa forma distantes das grandes metrópoles, eles não se distanciam ao ponto de viverem despercebidos. Quem assim se comportava, era mal visto pelos outros.
O sujeito caipira conseguiu preservar seu modo de vida até o início do cultivo comercial do algodão, fumo e café. Uma reordenação institucional se vai implantando no nível civil e no eclesiástico. Com a valorização das terras, os caipiras aos poucos foram perdendo a propriedade das mesmas para os grandes fazendeiros, sendo assim, eles tiveram duas opções: trabalhar para os grandes proprietários ou então virarem meeiro ou arrendador.
Não foram poucos que viraram reféns dessa técnica dos donos de grandes propriedades e por anos e anos muitos caipiras viviam nessas condições, trabalhavam em terras alheias e pagavam uma espécie de talha.

Os caipiras nunca tiveram grande talento para serem empregados comuns, como os italianos e espanhóis, por isso transformaram-se em ícones esculhambação. Daí que vêm todos aqueles adjetivos jocosos do início do texto. Os caipiras simplesmente são talentosos para tratarem da terra e viverem naquela sociedade compadrio. O brasileiro caipira em pleno século XXI é uma espécie em extrema raridade, eles já foram "infectados" pelo modo de viver das grandes cidades, mas ainda é possível encontrar um ou outro subsistente, que cria sua meia dúzia de vacas leiteiras, que faz o queijo caseiro utilizando litros e litros de leite, que mata um leitão ou porco gordo nas festas de família, que faz pamonha aos quilos, que tem sua pequena plantação de mandioca no quintal do terreno, que todo final de ano come diariamente sua manga espada colhida diretamente do pé, que cria galinhas e tem três cachorros magrelos no sítio.
Daqui não muitos anos, a figura do caipira virará um personagem da história do Brasil, como o senhor de engenho ou o fazendeiro escravista, ou então será lembrado apenas pelo Jeca Tatu e pelo caipira picando fumo do quadro de Almeida Junior.

domingo, 2 de novembro de 2008

primeira vez que eu disse "Eu te amo!"

Todos lembram quando e como foi o seu primeiro beijo. Eu me lembro do meu também...

Eu vou contar uma história.
Eu estava na sétima série e ainda era BV, ou seja, boca virgem. Esse fato muito me incomodava, a grande maioria dos meus amigos já tinha beijado, eu por ser inseguro e tímido ainda não, além de, principalmente, não querer perder a virgindade do meu beijo com qualquer garota, queria que fosse alguma que eu gostasse, eu queria ter uma boa lembrança do momento.
Eu conheci uma garota da quinta série, ela era divertida, quase do meu tamanho, não era bonita e tampouco feia, era mulata e achava todo mundo da sua sala um bando de infantis. Ficamos amigos, eu passava meus recreios com a turminha dela. Um dia por alguma ocasião ficamos sós nós dois. Eu queria já beijá-la fazia um tempinho, mesmo nunca ter gostado dela, achei que seria uma saída inteligente, eu beijaria pela primeira vez e com alguém legal.
A menina estava sentada na pilastra e eu em pé de frente a ela. Não me lembro do que falávamos, mas provavelmente eu já estava preparando o terreno e tinha certeza que ela aceitaria me beijar. Eis que pensei "é agora!", eu até hoje nunca sei pedir o primeiro beijo, naquela época menos ainda. Fiz o óbvio, eu pedi um beijo. A voz não saiu tamanha era meu nervosismo, mas ela entendeu que eu queria um beijo. Ela disse NÃO! Com uma naturalidade tamanha, depois disso eu não me lembro de mais nada.
Todo mundo tem uma história de sucesso do seu primeiro beijo, mesmo que ele tenha sido estranho. O meu primeiro beijo foi negado... Que fracasso heim!?

Agora sinto a obrigação de contar para vocês como foi meu primeiro beijo, vejam que honra, eu nunca falo sobre isso, nem mesmo a menina sabia que era meu primeiro beijo. Eu já estava mais crescidinho, tinha 16 anos e já fazia o primeiro colegial. Eu gostava de uma menina de cabelos tingidos de vermelho, ela era cool, inteligente e comunicativa. Ficamos muito amigos e o amor despertou em ambos. Eu ainda era muito tímido e inseguro, era óbvio que a gente se gostava, todos nossos amigos sabiam, daí um dia quando eu tinha certeza absoluta do sentimento dela por mim, eu enfim pedi um beijo. Era o horário da entrada, estávamos subindo para nossas respectivas salas. Ela aceitou meu beijo!!!!!! Foi meu primeiro beijo e com alguém que eu gostava de verdade!!!! Assim que pude, encontrei a melhor amiga dela e perguntei se ela gostou do meu beijo, eu fiquei com medo de ter beijado errado. Ela me confessou que a amiga adorou. Naquele mesmo dia beijamos de novo, desta vez eu tinha a segurança. No mesmo dia a pedi em namoro e começamos a namorar. Esse romance durou 2 meses, só que não resistiu nas férias que logo começaram...

Assim como o beijo, todos devem lembrar da primeira vez que disseram "eu te amo!", principalmente quem não banaliza essa frase. Eu também lembro quando disse pela primeira vez, foi mês passado. Eu já amei algumas poucas pessoas, mas nunca tive a oportunidade de dizer. Eu não vivia um romance, no máximo eu poderia me considerar um amante incomum. Vou contar como foi.
Eu estava conversando com ela pelo Msn, estávamos discutindo, a consciência dela estava pesando pelo fato de estar traindo o namorado e queria que eu me tornasse o melhor amigo dela. Isso eu não concebia, eu gostava muito dela e ela de mim, quando duas pessoas se gostam, devem ficar juntas e não deixar que os problemas que inventamos as separem. Eu não aceitei o término e ela perguntou o porquê. Imediatamente liguei no celular dela, eu não podia dizer aquilo que iria falar com letras secas no Msn. Liguei chorando e dizendo "Porque eu te amo!". Choramos e voltamos ao nosso normal de sempre, um sereno no molhado.
Depois disso falei muitas vezes que a amava, falei em todas as línguas que consegui aprender, de todas as maneiras que eu consegui e em todas as oportunidades. Ela também, sempre me falava e exigia no final de cada telefonema três beijinhos e um "eu te amo".
História feliz? Que nada! Assim como meu primeiro beijo, minha frase mais importante da vida foi um fracasso. Nós nunca chegamos a nos termos, a viver algo concreto juntos. Falei em vão. Eu novamente me precipitei.
Espero que em um futuro breve eu tenha o mesmo sucesso do meu verdadeiro primeiro beijo. Que eu diga: EU TE AMO e receba um beijo caloroso seguido de uma voz bem baixinha no ouvido “eu também...”.

Para terminar, quero que assistam este comercial. Ele sempre me emociona, é um incentivo para mim.