terça-feira, 22 de julho de 2008

Bossa na Oca

"Isto Não vale 20 reais!". Foi o que ouvi hoje pelos corredores da OCA, onde está acontecendo a exposição "Bossa na Oca" em comemoração aos 50 anos da Bossa Nova. Eu faço coro ao julgamento, não vale R$20,00 reais e nem estou discutindo o valor do ingresso, apenas a qualidade da exposição.

É uma exposição de audiovisual e nem de longe é instigante, ao meu ver, a principal caracterísitca de qualquer exposição de arte. A Semana de 1922 entrou para a história do Brasil justamente por isso, era puramente instigante e provocativa. Hoje não vi nada disso na OCA, fiquei pela milésima vez impressionado com a estrutura da prédio, a amplitudade interna que por fora parece ser minúsculo, mas por dentro guarda incríveis surpresas. Grande Niemeyer!

O que esperar da exposição? Inovações tecnológicas, boas idéias mal empregadas e muita informação jogada no ventilador. Quem for em dia calmo e vazio provavelmente irá aproveitar mais, pois muitas atrações têm filas. Uma genialidade que me deixou boquiaberto é a obra chamada "O Reencontro", cuja idéia é reuniar como numa única apresentação vários intérpretes cantando "Garota de Ipanema", como se fosse numa apresentação única. Há um palco, com piano e banquinho puramente ilustrativos e por meio de projeção holográfica tem-se a impressão da presença de Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Frank Sinatra, Sarah Vaughan, entre outros.

No final da exposição fuja da cafeteria do local, é cara e precária. E mais um toque, caso queira ir, vá em alguma terça-feira, quando a entrada é gratuita.

2 comentários:

thais yumi disse...

Comentário mordaz à la Leandro Vitor. Yeah!
Lê, apesar de não me aprofundar na exposição - até mesmo porque ela ñ conseguiu deixar meus olhos estupefados - tenho que concordar com tudo que você mencionou.
Esperava muito mais, achei pura frescurinha!hihiiihihi
Talvez pelo fato de não dar para explicar a Bossa Nova, mas só senti-la. A ingenuidade e beleza do samba de uma nota só, da garota de ipanema, se transformou em estampas pop´s encontradas em camisetas e quadros por aí.
Comercializamos tudo e o Itaú Cultural conseguiu comercializar, por vintão, as mais belas imagens da Bossa encontradas no flickr!
Sim, fui injusta agora, deve haver materiais inéditos não vistos em lugar algum antes, mas, por favor, tirando o "reencontro", não vi nada de ineditismo!
Lê, pronto para a próxima?!
Cuidado, a dupla dinâmica está prontíssima para dar belas alfinetadas!hihiiihihihih
Bjo amore!

Anônimo disse...

Bem, sou de Belo Horizonte e por isso, ver a exposição para mim torna-se difícil.

Concordo que recursos audiovisuais atrairiam mais o público. Mas se entendi bem a proposta, eles querem retratar a bossa como ela é, sem se preocupar com inovações. O que é uma pena!