sábado, 26 de setembro de 2009

guia de compras de computadores

Se você é como eu, apenas um usuário de computadores, porém sabe muito pouco sobre as máquinas e todas aquelas nomenclaturas cheias de números que especificam os diferenciais de cada máquina, com certeza fica perdido e confuso na hora de comprar um novo computador.
Qual a diferença entre HD e memória RAM? O que é um processador e pra que serve? Placa de vídeo, placa mãe... se tudo isso faz pouco sentindo pra você, ou pior, se faz nenhum sentindo, eu recomendo assistir este vídeo explicativo feito pela loja virtual Americanas.com que explica sem enrolation tudo isso que é extremamente necessário saber antes de fazer sua compra.
Boas compras\

domingo, 23 de agosto de 2009

A Casa dos Budas Ditosos x A Vida Sexual de Catherine M.

Um dos meus livros prediletos é o "A casa dos Budas Ditosos" assinado pelo João Ubaldo Ribeiro. Digo assinado porque existe uma polêmica acerca de quem o escreveu, logo no início do livro há uma nota explicativa dizendo que os originais foram deixados em frente à casa do autor e a verdadeira autora do livro deixou sob responsabilidade de João fazer o que quisesse, inclusive publicar como se fosse seu.
Os mais lúcidos acreditam que é apenas uma brincadeira do João Ubaldo Ribeiro, que escreveu o livro em primeiro pessoa se passando por uma senhora devassa. Eu, como fã do livro, prefiro acreditar no bilhete e que o João apenas lapidou a obra.
O livro é muito mais do que o relato de libertinagem de uma mulher que viveu intensamente sua sexualidade, sem falsas palavras é uma lição de vida. Um encorajamento para a liberdade sexual, algo que aos poucos a humanidade está caminhando.
Foi tanta minha empolgação com o livro que eu fiz um curta-metragem que serve mais como um trailer do livro, para quem quiser conferir:


Com o Budas Ditosos, eu percebi uma vacuidade desse tipo de leitura em minha vida. Comprei o polêmico e famoso livro da Bruna Surfistinha, que eu considerei uma leitura interessante, mas não ao ponto de comprar seus outros livros filhotes. Não assumo que sou leitor de contos eróticos, apesar que admito ler os bem escritos, contudo, acabei sempre me dando a oportunidade de novas leituras do gênero. O último foi o "A vida sexual de Catherine M.", que fez um grande sucesso na França, assim como o "O doce veneno do escorpião" da Bruna Surfistinha fez no Brasil. A diferença brutal entre essas duas obras é que o primeiro foi escrito por uma importante e respeitada jornalista e editora de uma publicação de arte na França e o segundo foi escrito por ghost writers e assinado pela ex-garota de programa mais famosa do Brasil na atualidade.

Eu conheci o livro da Catherine por meio de uma reportagem do G1. Confesso que ela foi tão bem escrita, que na mesma semana eu procurei o livro por todas as livrarias de São Paulo e não encontrei, a edição está esgotada no país. Por ocasião do destino, eu praticamente trombei com o livro exposto em uma banca de jornais da avenida Paulista. Sem titubear eu comprei imediatamente e passei a ler o livro que a reportagem prometia ser um escabro de libertinagem e qualidade de texto.
Eu me surpreendi negativamente com a obra. Ele me servia como sonífero. Um livro que discorre o assunto sexo com tanta naturalidade e deixa o leitor com sono é porque não soube tratar com destreza. Imagine uma crítica de arte escrevendo sobre sexo sob sua ótica bastante particular. Esse é o enredo do livro.
A história é de uma ninfomaníaca (termo que em momento algum é usado no livro) que faz sexo com todos parceiros possíveis, não há romance, apesar de ela sempre viver um, não há alegrias ou tristezas, é um livro descritivo e sem emoções. Não serviu nem para me deixar excitado com alguma de suas muitas histórias. Resumindo, o livro não cumpre o que promete.

Por isso e por outras, Os budas continuarão sozinhos em meu coração e farei questão de vender meu livro da Catherine Millet para um sebo que tenha interesse.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

manuntenção dos blogs

Esta noite eu tive um pesadelo muito estranho. Sonhei que de algum modo, a minha falta de comprometimento com a atualização e manutenção do meu blog me prejudicou de forma expressiva. Não lembro exatamente como foi, mas eu lembro que até tentei me justificar, o que não resultou em nada.
Diante desse sonho eu levo a pensar todo os blogueiros como muitas vezes ficamos reféns dos nossos blogs. Eu ainda sou mais sossegado quanto a isso, mas existem blogueiros xiitas que colocam a manutenção do blog como uma das suas prioridades. O blog acaba virando seu meio mais eficiente de socialização. Eu não tenho paciência de ficar trocando comentários, tampouco bolando textos super bacanas para agradar meus leitores. Eu escrevo sem compromisso, escrevo o que quero e quando quero. Isso é o bom de ter um blog, agora bolar um cronograma de ações para o blog, apenas caso tenha alguma intenção. O que não é meu caso de maneira alguma.
Meu blog é para isto, escrever o que quero passar pra frente, mesmo quando não sei que estará na frente.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

máscaras e camisinhas

Milhares de pessoas têm gripe suína e todo mundo quer usar máscaras. Milhões têm AIDS e ninguém quer usar camisinha!


sábado, 25 de julho de 2009

Vale Cultura

O bichinho carpinteiro está roendo de ansiedade toda a classe artística, cultural e intelectual do país.

Isso porque está prestes de ser implantado no país um projeto cultural chamado “Vale Cultura”, que funcionará praticamente como o Vale Refeição, o portador desse vale poderá gastar seus créditos, no valor de R$50,00 reais, exclusivamente com produtos culturais, o que caracteriza peças de teatro, cinema, musicais, espetáculos de dança, exposições, compra de livros, CDs e DVDs.

Essa medida tem dois efeitos benéficos inestimáveis. O primeiro é o maior incentivo nos últimos anos para a democratização da cultura no país, não é novidade alguma que os brasileiros não têm o hábito de consumir arte e cultura fabricada, no máximo músicas e nem sempre das mais elegantes. O segundo benefício é para a classe artística, uma vez que os portadores desse Vale Cultura poderão gastar seus créditos apenas com produtos culturais, com certeza a venda de livros e DVDs, assim como a venda de ingressos para shows e outras manifestações artísticas deverá crescer exponencialmente em breve.

Agora é aguardar.

domingo, 12 de julho de 2009

Meninos de Kichute

Quero divulgar aqui a promo do filme que a Amberg Filmes, onde trabalho, vai lançar no final do ano! Meninos de Kichute.
Saudosistas, crianças, futebolistas, entusiastas do cinema nacional, todos vão adorar essa nova produção do Luca Amberg. Não é porque trabalho no projeto, mas garanto que será um grande sucesso, pois o filme é bom demais.
Com vocês o trailer.



Quem quiser saber um pouco mais do filme, basta acessar o site oficial.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

nosso rumo de carreira

Estou dando um novo rumo em minha carreira. Estudo Jornalismo na faculdade e já faz um tempo que não me sinto empolgado com o ofício do jornalista. São muitos fatores que me impulsionaram a essa perda de apetite pela profissão, primeiramente porque eu não gosto da ideia de me sustentar pelo resto da minha vida por meio dos meus textos, acho isso um fardo muito pesado. Gosto de escrever, mas nem sempre quero escrever. Vocês mesmos podem notar que não atualizo aqui a todo o momento. Outro motivo crucial é a desvalorização da profissão, é um grande paradoxo, vivemos no meio da era da informação e mesmo assim o profissional responsável pela elaboração e disseminação da notícia não é valorizado, digo tanto na esfera de importância, quanto na de remuneração.
Sei da importância e do preparo que o jornalista precisa ter, aliás, jornalista nunca tira férias, ele é jornalista 24 horas por dia, 365 dias ao ano. Minha mente precisa desligar um pouco das responsabilidades de trabalho e no jornalismo isso não seria possível. Por tais motivos eu decidi ser jornalista apenas de coração. Sempre sonhei em ser jornalista, vou me formar e já trabalhei na área, pronto, sonho realizado. Agora tenho um novo sonho, uma nova ambição. Quero ser marqueteiro!
O Marketing cumpriu sua função, me seduziu e me fisgou. Era com o que sempre quis trabalhar, pena que eu não sabia o que era isso até então... Agora vou reunir todos meus esforços para ser o melhor marqueteiro possível.

Consegui ser indicado para um estágio em Marketing mês passado, trabalhar na Amberg Filmes para o lançamento do filme Meninos de Kichute. Agarrei a oportunidade com as duas mãos. Contudo, como sempre acontece comigo, quando não tenho nada, não aparece nada e quando aparece uma coisa, pipoca oportunidades irrecusáveis. Eu fui chamado para fazer uma entrevista na Kraft Consulting, uma empresa de Tecnologia de Informação, houve uma interação muito bacana entre mim e os donos e fui convidado a estagiar na Kraft, já começo agora na sexta-feira.
Não pretendo largar a produtora e o filme que comecei a trabalhar, quero continuar, porém não como contrato de estagiário, mas sim um freela que presta determinado serviço. Uma vez que minha função no mkt do filme é bem restrita. Eu já fiz a proposta, em breve terei a resposta.
Será pauleira fazer faculdade, dois trabalhos e mais um programa de rádio. Mas sou determinado o suficiente para este desafio.
Boa sorte para mim.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

marronzinhos do trânsito

Quais são as mães mais lembradas - e xingadas - do universo? Se você responder "as mães de juiz de futebol!", lamento mas a resposta está errada. Com certeza as mães mais lembradas são as dos fiscais de trânsito de São Paulo, popularmente os "marronzinhos".

Os marronzinhos são seres odiados por quase todos os motoristas da cidade de São Paulo, o que eu acredito ser uma das maiores injustiças. Alguém por acaso já levou uma multa quando estava fazendo algo que não fosse proibido? Certamente não. Sempre o motorista irresponsável estaciona o carro em lugar proibido, quando não em lugares inadequados, ou então faz conversão na contramão, fura o rodízio municipal e o que o fiscal faz? Faz seu trabalho, aplica a multa. E por isso ele é xingado? Grande injustiça!

Ninguém pensa do outro lado. São Paulo tem um trânsito caótico, alguém já conseguiu imaginar como seria sem os marronzinhos? De caótico seria intransitável. Eu sempre vejo os marronzinhos trabalhando embaixo de sol (eventualmente muito sol) e chuva (eventualmente muita chuva). Difícil encontrar algum deles fazendo corpo mole, eles realmente se preocupam com o fluxo do trânsito, é uma das autoridades que eu mais respeito, porque eu vejo trabalhando sempre.

Hoje eu fiz um flagra, durante uma chuva forte no centro de São Paulo, o acesso da avenida 23 de Maio estava tomado pela água, a avenida mais parecia um rio. E havia dois fiscais da CET no meio do alagado durante uma chuva forte orientando e ajudando para que os motoristas não se aventurassem no meio daquele rio. Será que ninguém vê isso? Os meus estudos de semiótica já me mostraram que somos mais propensos a dar ênfase nas coisas negativas, mas isso já é assunto para um outro post.






Fotos: Annie Shioli

terça-feira, 12 de maio de 2009

documentário como forma de entretenimento

Hoje eu assisti em uma sessão fechada promovida pela Rede Brazucah, uma agência de comunicação que promove o cinema nacional, ao filme Simonal - ninguém sabe o duro que dei.
O filme é um documentário sobre o Wilson Simonal, que assistindo ao filme eu descobri que foi um dos maiores cantores brasileiros de todos os tempos.
O documentário foi feito por Cláudio Manoel (sim, um dos Cassetas), Micael Langer e Calvito Leal. Diga-se de passagem um documentário muito bem dirigido e sem grandes inovações quanto a sua estrutura.
Após a sessão recebi um questionário para eu registrar minha opinião sobre o filme, se ele interessaria aos meus amigos universitários e quais formas seriam interessantes para promovê-lo. Falarei aqui detalhadamente o que escrevi no questionário, pois assim concluo meu texto do blog.
Eu gostei muito do filme. Confesso que estava sem grandes expectativas e até sem saco para assistir um documentário sobre Wilson Simonal. Porém, rapidamente o documentário me conquistou e mesmo com a duração bem longa, eu não desanimei. Com certeza os pontos fortes do filme são as aparições da estrela retratada. Eu mal sabia quem era Wilson Simonal, certamente a maioria das pessoas da minha geração tem uma ligeira ideia de quem ele foi. Descobri no filme um artista ímpar, de talento inquestionável, uma verdadeira preciosidade da cultura brasileira. Não chegou a ser um exemplo a ser seguido, no máximo uma esperança a não ser perdida. Quero que vocês descubram quando assistirem ao filme.
A segunda questão é sobre se meus amigos de faculdade teriam interesse em assistir ao filme. Óbvio que não! Tenho duas justificativas: ninguém conhece Wilson Simonal, pudera, ele foi um dos maiores exemplo de ostracismo, além disso, brasileiro não está acostumado a assistir documentário, ainda mais documentários nacionais. Brasileiro, de modo geral, vai ao cinema apenas por entretenimento e acaba relacionando o gênero documentário a algo chato e até um pouco educativo. Simonal - ninguém sabe o duro que dei é com certeza uma ótima opção de entretenimento de qualidade, onde o expectador obterá enriquecimento cultural, ainda mais quem não viveu na década de 60 e 70. É um filme cultural, político e musical. Puro deleite.
Antes de convencer os jovens em assistir um documentário sobre Wilson Simonal, é necessário apresentar o cantor. Dizer que é ele quem cantava "meu limão, meu limoeiro", entre outros sucessos. Ainda é necessário desqualificar a ideia que documentários são chatos e sempre educativos. Apresentando o cantor e desmitificando o conceito trivial de documentário, o filme pode ser introduzido no meio jovem.
No final do questionário eu sugeri algumas ações de marketing em cima do público jovem. Como já disse, um dos maiores sucessos de Simonal é a música do limoeiro. Essa música tem um grande apelo junto ao público jovem, quem nunca ouviu ou se divertiu com esse refrão tão engraçadinho? Imagine um negão vestido de Wilson Simonal dublando a música do limoeiro na saída de uma faculdade e algumas pessoas distribuindo panfletos sobre o filme? Certamente muitos universitários teriam a curiosidade cutucada com essa intervenção




Sexta-feira próxima vai estrear o filme. Não deixem de assistir, eu recomendo. Vocês sairão do cinema com o mesmo desejo que tive, baixar todas as músicas desse mestre.


sexta-feira, 1 de maio de 2009

Julgar a aparência é correto e aceitável

Susan Boyle é atualmente o maior ícone da internet dos últimos anos. Susan, uma escocesa simpática de 48 anos, cantora amadora dos barezinhos do interior de seu país, ou como ela costuma dizer, dos vilarejos próximos de onde mora, foi tentar a sorte em um programa muito popular na Grã-Betanha, que tem como objetivo encontrar novos talentos da música.
Susan é uma mulher bastante desengonçada e nitidamente pouco bonita, porém tem uma graciosidade e simpatia que prega a atenção das pessoas. Há algumas semanas ela participou do programa britânico de novos talentos, onde os candidatos vestem suas melhores roupas, tentam esbanjar bastante estilo, tudo para impressionar os jurados - que são conhecidos pela sua severidade e maldade com os competidores - e os telespectadores. Susan foge totalmente dessa estereotipia. Ela é gorda, feia, interiorana, desajeitada e espontânea demais. Antes de começar o vídeo de sua apresentação, ela está comendo uma espécie de pão com mortadela, todos já riem, apenas porque é uma gordinha comendo em um momento pouco apropriado. Depois ela assume em frente às câmeras que é solteira, nunca beijou na boca e está desempregada. Nossa sociedade se pauta em sucesso profissional para ter sucesso nas demais áreas ou então se pauta na boa aparência para ter sucesso nas demais áreas. Susan Boyle é feia e desempregada, sendo assim, considerada um exemplo de pessoa fracassada.
Quando todos já estão rindo da pobre Susan e só faltando a cerejinha do bolo, que seria uma apresentação infame e humilhação pública para toda a Grã-Betanha, a mulher desanda a cantar. Os queixos da plateia e dos jurados maldosos e severos desabam, assim como de todos os espectadores. É uma apresentação arrepiante e próxima da perfeição. Ninguém conseguia acreditar que uma mulher tão feia e estranha pudesse ser tão talentosa.
O vídeo rodou o mundo, creio até que seja o maior sucesso virtual até então, já contabilizam mais de 700 milhões de visualizações em vários sites. Até chegou na televisão brasileira, dia desses eu estava passando em frente de uma tv durante a péssima programação vespertina e lá estava Susan Boyle cantando e convidados debatendo sobre ela.
As principais mensagens vinculadas ao vídeo são os jargões "não julgue o livro pela capa" ou então o mais direto "Não julgue as pessoas pela aparência". Sabe o que acho disso? PURA DEMAGOGIA BARATA! Impossível não julgar as pessoas pela aparência e pelo o que elas aparentam ser.
Fazemos julgamentos o dia inteiro, seja por aparência ou pelas atitudes das pessoas. A aparência faz parte da própria comunicação das pessoas. Teóricos dividem a mídia em três tipos: mídia primária, mídia secundária e mídia terciária. A Primária é o próprio corpo e sua oralidade. Nela vemos uma Susan feia, ou pelo menos fora dos padrões de beleza vigentes, e com uma fala simplória demais. A mídia Secundária são os textos visuais, a moda e toda a extensão do corpo. Susan veste-me muito mal, chega a ser esquisita. A Terciária são os meios de comunicação que tem como premissa a utilização de meios eletrônicos, como a internet e televisão, por meio dessa mídia que nós conhecemos esse ser supremo chamado Susan Boyle.
Quero dizer com tudo isso que nossa aparência é um modo de expressão e comunicação, portanto, deve-se levar em conta na hora de um julgamento prematuro. Todavia, é necessário salientar a importância de não levar em consideração final esse pré-julgamento que é instintivo. Ele existe até como mecanismo de defesa, é importante e devemos confiar nele, porém sem levar ao pé da letra, caso contrário Susan Boyle não teria sequer subido ao palco e entoado belamente "I Dreamed a dream" como vocês podem conferir abaixo.