segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Mudanças
Posso falar por mim, mudar é sempre muito difícil. Ainda mais um comportamento ou hábito que você cultiva há muito tempo. E nem sempre a força de vontade é suficiente para mudar. Afinal de contas sempre estamos correndo atrás de mundanças em nossas vidas.
Todavia, a mudança que quero tratar aqui é outra. É aquela que mudamos sem perceber, sem esperar e muito menos, sem planejar.
Confesso que sou um cara um tanto quanto pessimista na alteração de perspectivas reais. Até alguns dias atrás não acreditava nessa mudança que estou tratando no texto, até olhar para mim e verificar que mudei muito! Essas mudanças são lentas e graduais, é uma construção inconsciente (não é regra!) e que você só percebe quando relembra seu passado ou faz balanços da própria vida.
Acho que por não conseguirmos observar alguns tipos de mudanças, como a transformação do verde para o maduro, o crescimento na estatura ou quaisquer muitas outras que integra nosso cotidiano, a gente fica com esse pensamento racional dividindo realizações em etapas e não em mudanças gradativas.
Faça um teste e relembre algumas convicções e pensamentos que você tinha há tempos atrás, ainda mais se você é um adolescente, momento de muitas construções e desconstruções, e notará que em muitos casos houve uma mudança de 180°.
Exemplo banal. Desde criança eu odiava música sertaneja, porém cresci ouvindo por influência do meu pai. Conheço de ouvido toda a nata sertaneja e me arrisco a acompanhar sem escorregar muito na letras as principais modas de viola. De um tempo pra cá eu me peguei ouvindo e cantando com esses novos cantores que tocam o chamado sertanejo universitário. Eles, possivelmente, foram os responsáveis por me fazerem começar a gostar desse gênero musical, que particularmente acredito que eu já gostava no meu íntimo, no Id, porém meu Superego bloqueava com todas as forças. Essa é uma das mudanças mais difíceis de serem concretizadas, pois lida com valores próprios e sabemos bem que valores, cultura e hábitos são complicadores de serem alterados.
Hoje em dia canto com o coração Milionário e José Rico, quando há não muito tempo atrás teria verdadeira repulsa.
Infeliz é aquele pau que nasce torto e nunca se indireita.
domingo, 22 de novembro de 2009
As dificuldades de publicar o primeiro livro
Para comemorar minha centésima postagem eu vou falar de sonhos.
Eu sempre gostei de escrever, muito mais de escrever do que de ler, tanto que acabei optando erroneamente em ser jornalista. Escrever para mim não pode ser meu único ganha pão, mas na verdade algo que faço quando estou inspirado. E minha professora Fernanda Mazza já disse uma vez em aula, que jornalista não pode depender de inspiração, mas precisa ter técnica. Eu estou me lixando para técnicas, por isso muitas vezes meus textos são esquizofrênicos.
Eu ainda na pré-adolescência escrevi meu primeiro livro, era nada mais do que um punhado de referências da época no papel. Foi uma experiência e tanto, dediquei muitas noites ao livro que nunca teve um título definido. Lembro que a cada capítulo que eu escrevia, eu entregava ao meu melhor amigo da época, o Tiago Ribeiro, para que lesse. Ele dizia sempre adorar e isso me empolgava mais e mais a escrever. Terminei de compor e guardei como uma vitória e lembrança. Não lembro de ter a pretensão de publicá-lo. Acho que ano passado eu reli essa minha obra. Eu ria muito, o texto era esdrúxulo, até um pouco absurdo. Erros de concordância gritantes, uma falta de repertório absurda e fora que poderia ser processado por todos os criadores de desenhos animados dos anos 90, quase que uma cópia remendada. Minhas influências foram: Pedro Bandeira, Cavaleiros do Zodíaco, Yu Yu Hakusho e Pokémon. Imaginem colocar tudo isso em um liquidificador e depois ler? Mas não abomino meu primeiro livro, eu tive uma imaginação e tanto, porque mesmo sendo altamente inspirado nessas minhas referências, ele tinha personalidade própria e sendo reescrito, hoje com toda minha pouca experiência, sairia algo até bacaninha. Fora que tinha uma história bem interessante.
Depois dessa primeira experiência nunca mais sentei para escrever para valer. Acabei indo para o mundo dos blogs. Ainda durante esse tempo tive a ideia de dois livros para o público juvenil, talvez um dia eu ainda os escreva. Contudo, ano passado eu tive um insight de uma história que eu não podia desperdiçar para um plano futuro. Sentei e escrevi o primeiro capítulo. Tinha em mente dois personagens fortes, a Mariana e o Zé Roberto. Em silêncio eu escrevi esse livro. E me dediquei totalmente durante as férias de verão do ano passado. Passava tardes trancado em meu quarto com o Word aberto. No final de janeiro eu terminei meu segundo livro, esse com nome bem definido "As brincadeiras de Mariana". As referências foram muitas, mas a minoria literárias. Uma porque odeio cópia, se a ideia não for original e inovadora, para mim não faz sentindo, ainda mais se é do ramo das artes, como a literatura. Posteriormente, eu passei três capítulos para minha amiga Daniela Patrícia, que ao ler lembrou do livro “Morde-te pó coração” da portuguesa Patrícia Reis. Ela me emprestou e fiquei honrado pela comparação.
É a primeira vez que falo abertamente sobre a existência de As Brincadeiras de Mariana, primeiro porque não quero distribuir por aí cópias digitais e outra porque queria mesmo falar para todos do meu livro quando for lançá-lo. Para mim não faz sentindo escrever para si, a não ser diário e até esses eu quando escrevia, fazia de um modo que fizesse sentindo para quem pudesse ler. Eu também sou exibido, gosto de mostrar meu atributos, minhas vitórias e minhas criações. Só acho que meu livro estará de fato terminado após ele ser publicado. Até lá, será apenas uma obra inacabada. Eu tenho uma história quente na cabeça que quero muito colocar no papel, mas só o farei após conseguir concluir minha primeira obra, que na verdade é a segunda, mas desconsidero a primeira como tal, aliás, ela nem existe mais. Eu joguei no lixo.
Desde março, quando terminei a última revisão busco uma editora interessada em meu livro. Não é nada fácil, a maioria das editoras não apostam em novos nomes, ainda mais essas maiores. Eu mandei o original do meu livro em papel pelo Correio para a Panda Book's que tem em seu repertório muitos livros descontraídos, que faz o perfil da minha obra. Em uma semana eles responderam por e-mail dizendo que meu livro não se encaixava na linha editorial que eles estavam priorizando no momento. Tenho por mim duas hipóteses: eles nem sequer leram, porque em uma semana responder minha carta com livro anexado seria muito rápido ou então leram os primeiros capítulos e logo perceberam que meu livro não se encaixa nas prioridades do momento. Na mesma época eu mandei para a Companhia das Letras, eles ao contrário demoraram meses para me responderem também por carta que meu livro não foi aprovado. Ok, muita pretensão minha querer publicar meu primeiro livro pela Cia das Letras. Nem fiquei abalado pelas duas negativas, a primeira eu desconsiderei e a segunda eu até achei petulância da minha parte desejar publicar com eles. Não desisti. Procurando mais editoras eu descobri que algumas editoras grandes não recebem originais diretamente do autor, eles exigem a intermediação de um agente literário, basicamente é uma pessoa que avalia sua obra e de acordo com seu livro vai atrás das pessoas e editoras certas.
Eu não quero ainda apelar para um agente literário, quero antes esgotar todas minhas chances. Quem tiver interesse em agentes literários eu recomendo O agente literário e Virgil.
Outra pratica recorrente do mercado editorial é pagar para publicar. Muitas editoras são especializadas nesse serviço, eles publicam qualquer coisa, algumas editoras ainda distribuem em poucos pontos de venda, mas a maioria entrega em suas mãos a encomenda e deixa contigo a venda. Pessoalmente acho isso humilhante. Em hipótese alguma eu aceitaria esse processo. A função do escritor é escrever e não vender. Não foram poucas que me ofereceram esse serviço e olha que não é barato, lembro que custava 8 mil reais, agora não lembro o que incluía e quantos livros eram, apenas sei que no orçamento eles diziam que se eu vendesse todos os livros lucraria bastante. Não quero lucrar bastante, quero mesmo é exibir minha obra.
Ainda nessa minha aventura a procura da editora que aceite minha obra eu achei a Não Editora. Ela se posiciona como uma editora que não publica o trivial e comum, dá espaço para jovens escritores e tal. Eu me empolguei com o site e o catálogo deles. Mandei um e-mail com meu livro anexado e eles nunca me responderam. Então liguei e falei com o dono pelo telefone, ele ainda pediu que eu enviasse novamente. Desta vez tinha certeza que iriam responder e novamente não me responderam. Achei muito descaso, então deixei de lado e voltei para minha saga.
Na época do rodeio de Barretos eu li uma notícia nesses portais que seria lançado uma biografia do Touro Bandido. Imediatamente pensei "se uma editora publica uma biografia de um touro, por que não publicaria as brincadeiras de Mariana?". Eu mandei um e-mail para a Editora NH e o presidente do grupo NH me respondeu pedindo uma prévia da obra. Eu enviei metade dela. Ele me pediu um tempo para avaliar e passado o tempo pedido ele me retornou, disse alguns elogios que foi muito motivador para mim e ofereceu o pacote de pagar e publicar. Eu prontamente respondi dizendo que esse não era meu objetivo, que só publicaria meu livro se alguma editora tivesse real interesse pela obra. Ele foi igualmente sincero dizendo que este ano de 2009 eles iriam trabalhar em cima apenas do livro do boi Bandido, mas em 2010 eu poderia procurá-lo novamente. Óbvio que não me dei por vencido, neste tempo ainda procurei outras editoras e pessoas que poderia me orientar. O Santiago Nazarian foi um deles. Cheguei a mandar um e-mail para ele contando toda esta história, mas ele não me respondeu. Hoje fui na Balada Literária e ele estava presente mediando uma mesa de debate e entrevista. Preferi não me apresentar a ele, poderia soar como coação.
Sinto que estou cada vez mais perto de alcançar meu objetivo de publicar meu primeiro livro. Espero em breve convidá-los para a sessão de autógrafos em alguma livraria bonita de São Paulo. Sei que o mais difícil é o primeiro, depois dele espero poder publicar outras ideias que tenho em mente.
Como recebo alguns e-mails de meus leitores anônimos comentando sobre alguns textos (já até auxiliei em TCC por conta de textos aqui publicados), se você puder me ajudar a realizar esse meu sonho, por favor entre em contato comigo pelo e-mail: leandruuu@uol.com.br
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
comprar na BrandsClub foi minha pior experiência de compra online
EVITE DOR DE CABEÇA, NÃO COMPRE NADA NO SITE BRANDSCLUB.
A BrandsClub não é uma empresa idônea, tampouco transparente. Eu fiz um pedido dia 29/09/2009 de três produtos e um mês depois, apenas dois produtos foram entregues na minha casa. Primeiro que hoje em dia qualquer loja virtual entrega a compra na mesma semana, eles entregaram um mês depois. E segundo que eles fizeram algo pior, entregaram parte da compra e sem nenhuma justificativa. Eu precisando entrar em contato com a empresa só tinha uma opção, mandar um e-mail para sac@brandsclub.com.br
Uma semana depois foi me respondido o e-mail dizendo que iriam verificar o meu problema. Eu imediatamente pedi que resolvesse o quanto antes pois o pagamento já tinha sido efetuado e o produto não foi entregue. Mais uma semana depois do último contato (notem a pressa da empresa em resolver meu problema), eles me responderam que o produto que me venderam havia sido esgotado (por que venderam, porra?) e só me avisaram porque eu corri atrás para saber! Deram a opção de estorno ou créditos no próprio site (possibilidade remota, comprar na BrandsClub foi a minha pior experiência de compra online!!!). Eu optei por estorno, passado mais uma semana eles não me retornaram. Todos esses contatos foram por e-mail, pois eles não disponibilizam no site o telefone de contato e endereço, por isso quem precisar falar com a empresa será apenas pelo e-mail e esperando cerca de 7 dias para eles retornarem. Você gostaria de passar por isso que estou relatando? Por isso que recomendo passar longe da BrandsClub.
Eu formalizei minha reclamação contra a BrandsClub no site Reclame Aqui, que é um site onde consumidores que se sentem lesados podem reclamar da empresa em questão e a mesma tem a oportunidade de responder. Outra ação social do site é a divulgação dessas reclamações para os internautas, descobri que meu caso não é isolado, muitos consumidores lesados tiveram problemas e as mesmas dificuldades do que eu com a BrandsClub.
Leiam minha reclamação aqui. Outras reclamações podem ser encontradas nestes links. Reclamação contra a BrandsClub, BrandsClub não entrega pedido, BrandsClub lesa consumidor, BrandsClub é insatisfação garantida, BrandsClub é uma enganação e BrandsClub coleciona centenas de reclamações. Isso mesmo, CENTENAS de reclamações apenas no site Reclame Aqui, imagine os milhares de consumidores lesados que não sabem da existência desse site.
Agora se você é um dos consumidores lesados ou conhece algum, por favor anote o endereço e telefone da empresa QUE ELES OMITEM. Liguem lá, exija seus direitos.
Telefone e endereço da BrandsClub
(11) 3032-2023 / 3032-2058 / 3032 - 1853
Flandres Comércio Global de Varejo Ltda
CNPJ: 10313360000105
Al. Gabriel Monteiro Da Silva, 2688
Jardim América CEP: 01442-002
São Paulo -SP
Passe este post para frente, não comprem na BrandsClub, é insatisfação garantida.
Abaixo algumas tags para ajudar futuros consumidores da BrandsClub:
BrandsClub não entrega produto
BrandsClub desrespeita consumidor
BrandsClub omite telefone e foge de cliente lesado
BrandsClub lesa clientes
BrandsClub coleciona reclamações
BrandsClub não presta
BrandsClub é empresa fantasma?
BrandsClub não cumpre prazo.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
canibalismo nos processos seletivos de estágio
Eu mesmo me inscrevi para diversos processos seletivos, de Volkswagen à Avon. Claro que assim como faculdades, você tem sua preferência. Eu optei por fazer Comunicação Social no Mackenzie por mil razões, assim como quem optou por fazer a mesma graduação na Cásper Líbero, que no fundo é o mesmo curso, mas em entidades diferentes. O mesmo acontece nessas empresas, no fundo são vagas iguais (estágio em marketing, estágio em recursos humanos, estágio em suporte e etc), o que muda é a sua identificação e agentes facilitadores que possam fazer você pender para uma ou outra empresa.
Eu fiz minha escolha, quero estagiar na Kimberly-Clark do Brasil. Empresa líder mundial de bens de consumo na área de higiene. É quem fabrica o papel higiênico Neve e Scott, o lenço de papel Kleenex, as fraldas Turma da Mônica, o absorvete Intimus Gel e entre outros produtos. Assim como escolhi o Mackenzie por mil razões, fiz o mesmo com a Kimberly.
Eu estudo em uma faculdade reconhecida e de qualidade inquestionável. Engane-se quem pensa que basta ter no currículo o nome Mackenzie que você é automaticamente contratado, o que acontece de fato é que as portas se abrem para você com maior facilidade, mas até você entrar por ela, são outros 500. Afinal de contas existem ainda FAAP, FGV, ESPM, USP... Todas faculdades do mesmo nível e com facilidades iguais.
Eu me inscrevi para o processo seletivo da Kimberly-Clark, além de mim mais outros 11 mil candidatos para apenas 24 vagas.
Para efeito de comparação, o curso mais procurado na FUVEST-USP, que é um dos vestibulares mais concorridos do país, é o curso de Publicidade e Propaganda. Nada menos que 40 candidatos por vaga. No caso da Kimberly-Clark do Brasil foram 458 candidatos por vaga.
E como funciona a seleção de um grande processo seletivo empresarial? Muito mais complexo, difícil e subjetivo do que um vestibular qualquer.
Primeiramente você faz a inscrição com seus dados pessoais, estudantis e profissionais. É feito o primeiro pente fino, onde os candidatos que estão fora dos padrões pré-estabelecidos pela empresa são desclassificados. A segunda etapa é uma prova online que consiste, geralmente, em análise lógica e inglês. Ocasionalmente também há testes de jogos de negócios, espanhol, conhecimentos gerais e língua portuguesa.
Após essas duas etapas começam as etapas presenciais. É marcada uma dinâmica de grupo, que nada mais é a oportunidade da empresa te conhecer, você se apresentar e resolver em grupo alguns casos do universo da contratante. Não há mistério, a apresentação é sempre feita dentro dos moldes estabelecidos por eles e o caso é algum problema que requer uma solução, problema esse que poderia acontecer no dia-a-dia da empresa em questão.
Apesar de eles dizerem que não há certo ou errado, mas sim apenas perfis compatíveis e perfis não compatíveis, é uma etapa que disperta muito nervosismo dos candidatos.
Outra etapa é o Painel. Nada mais é que outra dinâmica de grupo, só que desta vez apenas entre os bons, ou melhor, entre as pessoas que têm o perfil mais próximo do que a empresa deseja.
Por fim, chega a entrevista tête-à-tête, olho no olho, com o gestor da área pretendida. Nessa hora é só você e ele e as perguntas são mais direcionadas e específicas. Neste momento será decidido se a vaga é sua ou se você passou por todas as fases e mesmo sendo um ótimo candidato, por um detalhe e por uma questão de 24 vagas (caso da Kimberly), você não chegou lá, onde mais de 11 mil queriam.
O processo de estágio da Kimberly-Clark ainda não acabou e eu permaneço estou vivo nele. Já cheguei na fase Painel. Eu e mais 178 candidatos que almejam uma das 24 disputadíssimas vagas de estágio na empresa.
Comentando meu desempenho desde o início, eu fiz a inscrição por causa de uma feira de estágios que aconteceu em minha faculdade. A Kimberly-Clark do Brasil foi a empresa que mais me chamou a atenção entre dezenas que estavam presentes lá. Meu currículo foi selecionado para fazer os testes onlines. Eu pensei não ter ido muito bem e mesmo assim passei adiante. Na primeira dinâmica de grupo eu me saí super bem, inclusive ligando para minha mãe no final da reunião e dizendo que muito possivelmente eu estaria na próxima fase. Dito e feito, eu cheguei na penúltima fase, que é a do Painel.
Quero explicar como aconteceu este Painel. Dezenove candidatos participaram, na sua esmagadora maioria estudantes das faculdades que citei no início como instituições prestigiosas.
Não pude deixar de notar que todos ali eram feras, tinha uma auto-apresentação muito bem estruturada e argumentada, além de serem bons nos casos de sucesso.
Tivemos que levar um objeto feito pos nós mesmos que nos representasse, que tivesse nossas características e mostrasse nossa visão do mundo. Levaram de bússolas caseiras a livros de memórias (meu caso!). Tínhamos 3 minutos para explicar o objeto. Houve apresentações dignas de aplausos. E nessas apresentações algumas frases feitas e palavras básicas eram incessantemente pronunciadas. Como: trabalhar em equipe, organização, flexibilidade...
É de lei falar isso. Na hora da resolução do caso que é o momento de verificar de fato se essas características pertecem a todos que disseram. Chegou a ser bizarro, como todos ali eram feras e macacos velhos nesse tipo de dinâmica, aconteceu um verdadeiro canibalismo. Todo mundo querendo passar a perna em todo mundo, disputando a atenção e sabotando o outro, o individualismo era imperante. Meu primeiro grupo (foi realizado dois casos e em grupos distintos) foi tão irracional, pois todos se preocupavam em falar mais e emplacar suas próprias ideias como se aquilo fosse o que iriam classificar a si mesmos, que esqueceram que o sucesso individual dependia do sucesso do grupo. Primeiramente, meu grupo tinha 6 participantes de áreas DISTINTAS, ou seja, ninguém estava disputando vaga com ninguém ali, eu poderia ser contratado na área de marketing, como a fulana no RH, o ciclano na área de engenharia e o beltrano na linha Professional, sem contar, o outro no Supply Chain. Nesse canibalismo quem saiu perdendo foi o grupo. Isto não foi um acontecimento isolado, aconteceu em todos os grupos. Claro que não era um comportamento homogêneo, eu, por exemplo, fui flexível, ouvi a opinião dos demais, emiti a minha e acatei a vontade da maioria quando a minha ideia era contrária a deles. Assim como outros que pude observar. Na dinâmica anterior tudo aconteceu com extrema naturalidade e o grupo se beneficiou dessa maturidade, eu pelo menos passei para a fase seguinte. Nesta fase do Painel eu não me surpreenderia se eu receber um e-mail semana que vem agradecendo o interesse pela vaga, mas infelizmente eu não continuarei no processo, porém meu currículo ficará no banco de dados da empresa. Aconteceu isso comigo na Braskem.
Contudo, tenho fé que uma das vagas será minha! Quando se deseja algo intensamente, isso mais cedo ou mais tarde se realiza. Este ano eu postei aqui em meu blog várias conquistas, quero mês que vem escrever a maior de todas, que eu fui contratado pela Kimberly-Clark do Brasil.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
aventura gastronômica na web
Geralmente essas saborosas fotos levam até um site de receitas, dos quais eu sou frequentador quase que assíduo. Alguém aqui já tentou fazer alguma dessas receitas em casa? Pois hoje eu tentei fazer esta receita.
Na maioria das receitas, como nessa do link, há vários comentários, a maioria positivos dizendo que fizeram e a família toda adorou. Claro que logo você se empolga e diz para si mesmo que se a Fulana conseguiu, você também consiguirá, ao menos eu tenho esse pensamento positivo, mesmo sendo cru na cozinha.
Lá fui eu juntar todos os ingredientes, comprar laranja no supermercado (eu estava tão empolgado para fazer essa receita que fiz questão de comprar as laranjas mais caras!). Segui o modo de fazer como precisão e eis aqui um comparativo entre a foto da receita da capa do Uol que até criança faz e a foto da minha experiência gastronômica.
Quem diz que é a mesma coisa????
Agora vocês devem estar perguntando se ao menos é gostoso. A resposta não sei, pois ainda não tive coragem de experimentar... rs Medo totalmente compreensível!
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Fiat Mio
Por meio do hotsite da campanha, os interessados podem brincar de fazer o próprio carro e chamarem realmente de SEU.
A ideia do projeto é muito parecida com a realidade da internet, é a união de ideias somadas entre si para transformar em algo novo. A pretensão do Fiat Mio é bastante interessante: repensar sobre o futuro dos carros.
Esse projeto tem a audácia de ser o primeiro carro feito em cima de licenças flexíveis, mundialmente conhecidas como Creative Commons, que nada mais é o opostos de "todos os direitos reservados ".
E todo esse exercício de repensar um carro não será trabalho em vão, a intenção da montadora é agregar e propagar as ideias enviadas pelo site oficial e assim a equipe de engenharia e estilo possa produzir um carro conceito e que será o "primeiro carro do mundo criado pelos e para os usuários".
A apresentação ao público já tem até data marcada, será no ano que vem durante o Salão Internacional de Automóvel de 2010 que será realizado entre os dias 28 de outubro a 7 de novembro. O carro ainda nem está feito, no momento apenas as primeiras rabiscadas foram feitas pelos usuários, mas o carro conceito da Fiat já tem nome: Fiat Concept Car III (FCC III).
A própria URL já fala pelo projeto. Fiatmio.cc é Creativo Commons, fiatmio.cc é carro colaborativo, fiatmio.cc é concept car, fiatmio.cc é carro do consumidor.
Se você tem interesse de acompanhar todo processo do projeto não deixe de segui-los pelo Twitter.
sábado, 26 de setembro de 2009
guia de compras de computadores
Qual a diferença entre HD e memória RAM? O que é um processador e pra que serve? Placa de vídeo, placa mãe... se tudo isso faz pouco sentindo pra você, ou pior, se faz nenhum sentindo, eu recomendo assistir este vídeo explicativo feito pela loja virtual Americanas.com que explica sem enrolation tudo isso que é extremamente necessário saber antes de fazer sua compra.
Boas compras\
domingo, 23 de agosto de 2009
A Casa dos Budas Ditosos x A Vida Sexual de Catherine M.
Os mais lúcidos acreditam que é apenas uma brincadeira do João Ubaldo Ribeiro, que escreveu o livro em primeiro pessoa se passando por uma senhora devassa. Eu, como fã do livro, prefiro acreditar no bilhete e que o João apenas lapidou a obra.
O livro é muito mais do que o relato de libertinagem de uma mulher que viveu intensamente sua sexualidade, sem falsas palavras é uma lição de vida. Um encorajamento para a liberdade sexual, algo que aos poucos a humanidade está caminhando.
Foi tanta minha empolgação com o livro que eu fiz um curta-metragem que serve mais como um trailer do livro, para quem quiser conferir:
Com o Budas Ditosos, eu percebi uma vacuidade desse tipo de leitura em minha vida. Comprei o polêmico e famoso livro da Bruna Surfistinha, que eu considerei uma leitura interessante, mas não ao ponto de comprar seus outros livros filhotes. Não assumo que sou leitor de contos eróticos, apesar que admito ler os bem escritos, contudo, acabei sempre me dando a oportunidade de novas leituras do gênero. O último foi o "A vida sexual de Catherine M.", que fez um grande sucesso na França, assim como o "O doce veneno do escorpião" da Bruna Surfistinha fez no Brasil. A diferença brutal entre essas duas obras é que o primeiro foi escrito por uma importante e respeitada jornalista e editora de uma publicação de arte na França e o segundo foi escrito por ghost writers e assinado pela ex-garota de programa mais famosa do Brasil na atualidade.
Eu conheci o livro da Catherine por meio de uma reportagem do G1. Confesso que ela foi tão bem escrita, que na mesma semana eu procurei o livro por todas as livrarias de São Paulo e não encontrei, a edição está esgotada no país. Por ocasião do destino, eu praticamente trombei com o livro exposto em uma banca de jornais da avenida Paulista. Sem titubear eu comprei imediatamente e passei a ler o livro que a reportagem prometia ser um escabro de libertinagem e qualidade de texto.
Eu me surpreendi negativamente com a obra. Ele me servia como sonífero. Um livro que discorre o assunto sexo com tanta naturalidade e deixa o leitor com sono é porque não soube tratar com destreza. Imagine uma crítica de arte escrevendo sobre sexo sob sua ótica bastante particular. Esse é o enredo do livro.
A história é de uma ninfomaníaca (termo que em momento algum é usado no livro) que faz sexo com todos parceiros possíveis, não há romance, apesar de ela sempre viver um, não há alegrias ou tristezas, é um livro descritivo e sem emoções. Não serviu nem para me deixar excitado com alguma de suas muitas histórias. Resumindo, o livro não cumpre o que promete.
Por isso e por outras, Os budas continuarão sozinhos em meu coração e farei questão de vender meu livro da Catherine Millet para um sebo que tenha interesse.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
manuntenção dos blogs
Diante desse sonho eu levo a pensar todo os blogueiros como muitas vezes ficamos reféns dos nossos blogs. Eu ainda sou mais sossegado quanto a isso, mas existem blogueiros xiitas que colocam a manutenção do blog como uma das suas prioridades. O blog acaba virando seu meio mais eficiente de socialização. Eu não tenho paciência de ficar trocando comentários, tampouco bolando textos super bacanas para agradar meus leitores. Eu escrevo sem compromisso, escrevo o que quero e quando quero. Isso é o bom de ter um blog, agora bolar um cronograma de ações para o blog, apenas caso tenha alguma intenção. O que não é meu caso de maneira alguma.
Meu blog é para isto, escrever o que quero passar pra frente, mesmo quando não sei que estará na frente.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
máscaras e camisinhas
sábado, 25 de julho de 2009
Vale Cultura
O bichinho carpinteiro está roendo de ansiedade toda a classe artística, cultural e intelectual do país.
Isso porque está prestes de ser implantado no país um projeto cultural chamado “Vale Cultura”, que funcionará praticamente como o Vale Refeição, o portador desse vale poderá gastar seus créditos, no valor de R$50,00 reais, exclusivamente com produtos culturais, o que caracteriza peças de teatro, cinema, musicais, espetáculos de dança, exposições, compra de livros, CDs e DVDs.
Essa medida tem dois efeitos benéficos inestimáveis. O primeiro é o maior incentivo nos últimos anos para a democratização da cultura no país, não é novidade alguma que os brasileiros não têm o hábito de consumir arte e cultura fabricada, no máximo músicas e nem sempre das mais elegantes. O segundo benefício é para a classe artística, uma vez que os portadores desse Vale Cultura poderão gastar seus créditos apenas com produtos culturais, com certeza a venda de livros e DVDs, assim como a venda de ingressos para shows e outras manifestações artísticas deverá crescer exponencialmente em breve.
Agora é aguardar.
domingo, 12 de julho de 2009
Meninos de Kichute
Saudosistas, crianças, futebolistas, entusiastas do cinema nacional, todos vão adorar essa nova produção do Luca Amberg. Não é porque trabalho no projeto, mas garanto que será um grande sucesso, pois o filme é bom demais.
Com vocês o trailer.
Quem quiser saber um pouco mais do filme, basta acessar o site oficial.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
nosso rumo de carreira
Sei da importância e do preparo que o jornalista precisa ter, aliás, jornalista nunca tira férias, ele é jornalista 24 horas por dia, 365 dias ao ano. Minha mente precisa desligar um pouco das responsabilidades de trabalho e no jornalismo isso não seria possível. Por tais motivos eu decidi ser jornalista apenas de coração. Sempre sonhei em ser jornalista, vou me formar e já trabalhei na área, pronto, sonho realizado. Agora tenho um novo sonho, uma nova ambição. Quero ser marqueteiro!
O Marketing cumpriu sua função, me seduziu e me fisgou. Era com o que sempre quis trabalhar, pena que eu não sabia o que era isso até então... Agora vou reunir todos meus esforços para ser o melhor marqueteiro possível.
Consegui ser indicado para um estágio em Marketing mês passado, trabalhar na Amberg Filmes para o lançamento do filme Meninos de Kichute. Agarrei a oportunidade com as duas mãos. Contudo, como sempre acontece comigo, quando não tenho nada, não aparece nada e quando aparece uma coisa, pipoca oportunidades irrecusáveis. Eu fui chamado para fazer uma entrevista na Kraft Consulting, uma empresa de Tecnologia de Informação, houve uma interação muito bacana entre mim e os donos e fui convidado a estagiar na Kraft, já começo agora na sexta-feira.
Não pretendo largar a produtora e o filme que comecei a trabalhar, quero continuar, porém não como contrato de estagiário, mas sim um freela que presta determinado serviço. Uma vez que minha função no mkt do filme é bem restrita. Eu já fiz a proposta, em breve terei a resposta.
Será pauleira fazer faculdade, dois trabalhos e mais um programa de rádio. Mas sou determinado o suficiente para este desafio.
Boa sorte para mim.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
marronzinhos do trânsito
Quais são as mães mais lembradas - e xingadas - do universo? Se você responder "as mães de juiz de futebol!", lamento mas a resposta está errada. Com certeza as mães mais lembradas são as dos fiscais de trânsito de São Paulo, popularmente os "marronzinhos".
Os marronzinhos são seres odiados por quase todos os motoristas da cidade de São Paulo, o que eu acredito ser uma das maiores injustiças. Alguém por acaso já levou uma multa quando estava fazendo algo que não fosse proibido? Certamente não. Sempre o motorista irresponsável estaciona o carro em lugar proibido, quando não em lugares inadequados, ou então faz conversão na contramão, fura o rodízio municipal e o que o fiscal faz? Faz seu trabalho, aplica a multa. E por isso ele é xingado? Grande injustiça!
Ninguém pensa do outro lado. São Paulo tem um trânsito caótico, alguém já conseguiu imaginar como seria sem os marronzinhos? De caótico seria intransitável. Eu sempre vejo os marronzinhos trabalhando embaixo de sol (eventualmente muito sol) e chuva (eventualmente muita chuva). Difícil encontrar algum deles fazendo corpo mole, eles realmente se preocupam com o fluxo do trânsito, é uma das autoridades que eu mais respeito, porque eu vejo trabalhando sempre.
Hoje eu fiz um flagra, durante uma chuva forte no centro de São Paulo, o acesso da avenida 23 de Maio estava tomado pela água, a avenida mais parecia um rio. E havia dois fiscais da CET no meio do alagado durante uma chuva forte orientando e ajudando para que os motoristas não se aventurassem no meio daquele rio. Será que ninguém vê isso? Os meus estudos de semiótica já me mostraram que somos mais propensos a dar ênfase nas coisas negativas, mas isso já é assunto para um outro post.
Fotos: Annie Shioli
terça-feira, 12 de maio de 2009
documentário como forma de entretenimento
Hoje eu assisti em uma sessão fechada promovida pela Rede Brazucah, uma agência de comunicação que promove o cinema nacional, ao filme Simonal - ninguém sabe o duro que dei.
O filme é um documentário sobre o Wilson Simonal, que assistindo ao filme eu descobri que foi um dos maiores cantores brasileiros de todos os tempos.
O documentário foi feito por Cláudio Manoel (sim, um dos Cassetas), Micael Langer e Calvito Leal. Diga-se de passagem um documentário muito bem dirigido e sem grandes inovações quanto a sua estrutura.
Após a sessão recebi um questionário para eu registrar minha opinião sobre o filme, se ele interessaria aos meus amigos universitários e quais formas seriam interessantes para promovê-lo. Falarei aqui detalhadamente o que escrevi no questionário, pois assim concluo meu texto do blog.
Eu gostei muito do filme. Confesso que estava sem grandes expectativas e até sem saco para assistir um documentário sobre Wilson Simonal. Porém, rapidamente o documentário me conquistou e mesmo com a duração bem longa, eu não desanimei. Com certeza os pontos fortes do filme são as aparições da estrela retratada. Eu mal sabia quem era Wilson Simonal, certamente a maioria das pessoas da minha geração tem uma ligeira ideia de quem ele foi. Descobri no filme um artista ímpar, de talento inquestionável, uma verdadeira preciosidade da cultura brasileira. Não chegou a ser um exemplo a ser seguido, no máximo uma esperança a não ser perdida. Quero que vocês descubram quando assistirem ao filme.
A segunda questão é sobre se meus amigos de faculdade teriam interesse em assistir ao filme. Óbvio que não! Tenho duas justificativas: ninguém conhece Wilson Simonal, pudera, ele foi um dos maiores exemplo de ostracismo, além disso, brasileiro não está acostumado a assistir documentário, ainda mais documentários nacionais. Brasileiro, de modo geral, vai ao cinema apenas por entretenimento e acaba relacionando o gênero documentário a algo chato e até um pouco educativo. Simonal - ninguém sabe o duro que dei é com certeza uma ótima opção de entretenimento de qualidade, onde o expectador obterá enriquecimento cultural, ainda mais quem não viveu na década de 60 e 70. É um filme cultural, político e musical. Puro deleite.
Antes de convencer os jovens em assistir um documentário sobre Wilson Simonal, é necessário apresentar o cantor. Dizer que é ele quem cantava "meu limão, meu limoeiro", entre outros sucessos. Ainda é necessário desqualificar a ideia que documentários são chatos e sempre educativos. Apresentando o cantor e desmitificando o conceito trivial de documentário, o filme pode ser introduzido no meio jovem.
No final do questionário eu sugeri algumas ações de marketing em cima do público jovem. Como já disse, um dos maiores sucessos de Simonal é a música do limoeiro. Essa música tem um grande apelo junto ao público jovem, quem nunca ouviu ou se divertiu com esse refrão tão engraçadinho? Imagine um negão vestido de Wilson Simonal dublando a música do limoeiro na saída de uma faculdade e algumas pessoas distribuindo panfletos sobre o filme? Certamente muitos universitários teriam a curiosidade cutucada com essa intervenção
Sexta-feira próxima vai estrear o filme. Não deixem de assistir, eu recomendo. Vocês sairão do cinema com o mesmo desejo que tive, baixar todas as músicas desse mestre.